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Vítimas do ataque na Noruega foram mortas com facadas e não com arco e flecha

Lusa 18 de outubro de 2021 às 17:04
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O suspeito do ataque, um cidadão dinamarquês de 37 anos, terá perdido ou deitado fora o arco e as flechas enquanto percorria as ruas de Kongsberg no ataque em que morreram cinco pessoas.

A polícia norueguesa esclareceu hoje que as cinco vítimas mortais do ataque perpetrado na semana passada na Noruega foram esfaqueadas, afastando assim a tese inicial que as mortes tinham sido provocadas por um arco e flechas.

Ataque na Noruega
Ataque na Noruega Reuters

Segundo a polícia, o suspeito do ataque, um cidadão dinamarquês de 37 anos, terá presumivelmente perdido ou deitado fora o arco e as flechas enquanto percorria as ruas de Kongsberg (sudeste), pequena cidade com cerca de 25.000 habitantes, situada a cerca de 80 quilómetros a oeste de Oslo, onde ocorreu na passada quarta-feira o ataque, que também fez três feridos.

"A certo momento, o suspeito deitou fora ou perdeu o seu arco e flechas", afirmou o inspetor Per Thomas Omholt, numa conferência de imprensa.

"Na zona de Hyttegata, ele matou cinco pessoas com facas tanto em lugares privados como no espaço público", acrescentou o representante.

Inicialmente, a polícia informou que o suspeito, identificado como Espen Andersen Brathen, estava armado com um arco e flechas e duas outras armas brancas, mas não especificou a natureza das armas para efeitos da investigação.

"Tudo indica que estas vítimas foram mortas ao acaso", disse o inspetor Per Thomas Omholt.

Segundo a polícia, mais de uma dezena de pessoas foram também atingidas pelo suspeito com o arco e as flechas, mas nenhuma sofreu ferimentos mortais.

Suspeito de radicalização islâmica, Espen Andersen Brathen, que foi colocado em prisão preventiva numa instituição medicalizada por um período de quatro semanas, as duas primeiras das quais em isolamento total, admitiu durante os interrogatórios ter cometido o ataque e de ter matado cinco pessoas e ferido mais três.

Na sexta-feira passada, a polícia norueguesa referiu que a investigação do ataque reforçava, até àquela data, a tese de um ato cometido devido a doença.

"Quanto ao motivo, a doença continua a ser a hipótese principal. No que diz respeito à conversão ao Islão, essa hipótese está enfraquecida", acrescentou Per Thomas Omholt.

Uma avaliação psiquiátrica está em curso para determinar se o suspeito pode ou não ser responsabilizado criminalmente pelos seus atos.

No sábado, a polícia norueguesa identificou as cinco vítimas mortais, quatro mulheres e um homem, de idades compreendidas entre os 52 anos e os 78 anos.

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