Jhonatan Zambrano afirmou: "Não tem nenhum sentido que digam que sou narcotraficante por ajudar Guaidó a passar a fronteira."
O venezuelano Jhonatan Zambrano, que aparece ao lado do líder da oposição, Juan Guaidó, nas últimas fotografias divulgadas pelo regime, negou hoje ter quaisquer vínculos com guerrilheiros ou narcotraficantes colombianos.
"Não tem sentido que digam que sou do [grupo guerrilheiro colombiano] Los Rastrojos. Sou um venezuelano, trabalhador, que queria conhecer o 'presidente' [do parlamento]", disse ao canal de notícias colombiano NTN24.
A televisão estatal venezuelana VTV divulgou, na quinta-feira, imagens de Guaidó junto a dois homens que o teriam ajudado a atravessar a fronteira para a Colômbia - em 22 de fevereiro, quando liderou uma tentativa fracassada de fazer entrar ajuda humanitária no país – e que foram identificados como sendo elementos da quadrilha criminosa Los Rastrojos.
Natural do estado venezuelano de Táchira, fronteiriço com a Colômbia, Jhonantan Zambrano, um dos homens que aparece junto a Guaidó, assegurou que não pertence ao grupo guerrilheiro e que não é conhecido pelo alias "Patrón Pobre".
"Nunca estive preso", frisou.
Em entrevista coletiva, Zambrano explicou que, emocionado por poder conhecer o líder opositor, aceitou um pedido de amigos do partido Vontade Popular e que, com a sua viatura, ajudou Juan Guaidó a passar a fronteira para o país vizinho, em fevereiro de 2019.
Por outro lado, indicou que, por temer represálias, teve de deixar a Venezuela com a família e que "a vida mudou".
"Não imaginava que por ajudar o 'presidente' iria ter um problema tão grave. Não me arrependo", disse.
Jhonatan Zambrano acusou ainda o ministro de Comunicação e Informação venezuelano, Jorge Rodríguez, de "irresponsável" e "de inventar filmes".
"Não tem nenhum sentido que digam que sou narcotraficante por ajudar Guaidó a passar a fronteira (...) Prejudicam a vida de uma pessoa porque inventaram um filme, uma loucura", disse.
O Governo venezuelano divulgou na quinta-feira novas fotos do líder da oposição, Juan Guaidó, que cerca de 60 países reconhecem como Presidente interino, ao lado de supostos membros de uma quadrilha criminosa.
O procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, disse que Guaidó é próximo e "admira" esses homens, que são responsáveis por homicídios, sequestros, tráfico de droga e extorsão.
Há alguns meses, outras fotos de Guaidó com outros elementos desse grupo criminoso tinham sido divulgadas pelo Governo de Nicolas Maduro, mas o líder da oposição negou conhecer as pessoas nas imagens.
Venezuela: Homem em fotos com Guaidó nega ser guerrilheiro ou narcotraficante
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