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Uma das vítimas mortais do ataque a sinagoga em Manchester foi atingida acidentalmente pela polícia

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Uma das vítimas que ainda se encontra hospitalizada também foi baleada.

no ataque a uma sinagoga na cidade inglesa de Manchester foi baleado acidentalmente por um polícia enquanto a população tentava impedir o agressor de entrar no prédio. 

Ataque a sinagoga em Manchester: comunidade judaica apoia-se após o incidente
Ataque a sinagoga em Manchester: comunidade judaica apoia-se após o incidente Peter Byrne/PA via AP

A informação foi avançada pelas autoridades locais que confirmaram a morte de , no seguimento do ataque à Sinagoga da Congregação de Heaton Park durante o Yom Kippur, o feriado mais importante do calendário judaico, que se realizou na quinta-feira. Neste momento três pessoas ainda estão hospitalizadas em estado grave.  

Passados sete minutos de um homem ter atropelado pedestre em frente à sinagoga e os ter atacado com uma faca a polícia chegou ao local e disparou contra um suspeito, matando-o. Na altura as autoridades acreditavam que o suspeito se encontrava com um cinto de explosivos, que mais tarde foi descoberto ser falso.  

Agora o chefe da polícia de Manchester, Stephen Watson, disse que um patologista determinou provisoriamente que um dos mortos tinha falecido devido a ferimentos de uma bala e uma vez que o agressor não estava armado o ferimento pode ser “uma consequência trágica e imprevista” das ações policiais no local. Uma das vítimas hospitalizadas também foi baleada: “Acredita-se que as duas vítimas estavam próximas uma da outra, atrás da porta da sinagoga, enquanto os fiéis agiram corajosamente para impedir que o agressor entrasse”.  

A polícia considerou o ataque como um ato de terrorismo, mas refere que ainda está a trabalhar para identificar o motivo. A polícia identificou o agressor como sendo Jihad Al-Shamie, um cidadão britânico de 35 anos com ascendência síria que entrou no Reino Unido quando ainda era criança e se tornou cidadão em 2006. 

Em inglês Al-Shamie significa “o sírio” pelo que as autoridades ainda não têm a certeza se se trata realmente do nome do agressor ou de uma alcunha.  

A secretária da Administração Interna, Shabana Mahmood, referiu que o agressor não tinha registo criminal nem fazia parte do Prevent, um programa antiterrorismo que tem como objetivo identificar pessoas em risco de radicalização. A responsável considerou que ainda “é muito cedo para saber” se o agressor agiu sozinho ou se fazia parte de um grupo, até ao momento foram detidos mais dois homens na faixa dos 30 anos e uma mulher na faixa dos 60 anos sob suspeitas de que estavam a planear um ataque terrorista relacionado com o de quinta-feira.  

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