Abe tornou-se o primeiro-ministro mais jovem do Japão em 2006, aos 52 anos. Resignou ao cargo esta sexta-feira.
Os presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia agradeceram hoje a Shinzo Abe o seu contributo para o reforço das relações entre União Europeia e Japão, desejando-lhe saúde, após o anúncio da resignação do primeiro-ministro japonês.
"Gostaria de agradecer ao primeiro-ministro Shinzo Abe a parceria próxima e forte que UE e Japão construíram sob a sua liderança", escreveu na sua conta oficial na rede social Twitter o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, pouco depois de o líder japonês ter anunciado em conferência de imprensa em Tóquio que renuncia ao cargo por motivos de saúde.
Sublinhando que Abe "ajudou a tornar o Japão um pilar do sistema multilateral de hoje", o presidente do Conselho Europeu deseja-lhe também "saúde", depois de o primeiro-ministro japonês ter explicado que renuncia ao cargo dado ter sofrido uma recaída da sua doença crónica, colite ulcerosa.
"Desejo-lhe saúde e espero encontrá-lo de novo em breve, meu amigo", conclui Charles Michel.
No mesmo tom, e recorrendo igualmente à sua conta oficial na rede social Twitter, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, publicou uma mensagem na qual agradece a Shinzo Abe "a sua dedicação e contributo para o reforço das relações entre UE e Japão".
"Sob a sua liderança, a nossa parceria nunca foi tão forte e crucial", completa Von der Leyen, expressando também votos de "boa saúde" ao primeiro-ministro japonês cessante.
Shinzo Abe tornou-se o primeiro-ministro mais jovem do Japão em 2006, aos 52 anos, mas sua primeira passagem terminou abruptamente um ano depois, já devido à doença inflamatória intestinal. De regresso ao cargo seis anos depois, lidera o Governo japonês desde final 2012, um recorde de longevidade para um primeiro-ministro japonês.
Durante o seu último mandato, UE e Japão finalizaram um acordo de comércio livre, em vigor desde fevereiro de 2019, que abrange 639 milhões de cidadãos e um comércio de bens avaliado em 135 mil milhões de euros e de serviços na ordem dos 53 mil milhões de euros.
Questionado hoje pelos jornalistas durante a conferência de imprensa, Abe escusou-se a avançar nomes de um eventual sucessor, nem tão pouco adiantou quando é que abandonará o cargo, no qual deverá permanecer até que um novo líder do partido no poder, o Partido Liberal Democrático, seja eleito e o seu nome formalmente aprovado como primeiro-ministro pela câmara baixa do parlamento.
Shigeru Ishiba, um ex-ministro da defesa, de 63 anos, e arquirrival de Abe, é o líder favorito nas sondagens entre os potenciais sucessores, embora seja menos popular dentro do partido no poder.
UE agradece a Shinzo Abe contributo para reforço das relações
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