Durante o interrogatório, o suspeito afirmou ter sido "recrutado pelos serviços especiais ucranianos", avançou o comité de investigação russo anunciou.
O comité de investigação russo anunciou esta quarta-feira, 18, a detenção de um homem suspeito de estar envolvido no homicídio do general russo Igor Kirillov, morto na terça-feira em Moscovo num atentado à bomba reivindicado por Kiev.
"Um cidadão do Uzbequistão, nascido em 1995, foi detido por suspeita de ter cometido o atentado que custou a vida ao chefe das Forças de Defesa Nuclear, Biológica e Química da Rússia Igor Kirillov e ao assistente Ilia Polikarpov", declarou a comissão, em comunicado.
Durante o interrogatório, o suspeito afirmou ter sido "recrutado pelos serviços especiais ucranianos", adiantou a mesma fonte.
A pedido destes, chegou a Moscovo e foi-lhe entregue um engenho explosivo, que colocou numa trotineta elétrica estacionada perto do edifício onde vivia o general Kirillov, indicou na mesma nota.
O suspeito alugou também um carro que estava igualmente estacionado perto do edifício e onde estava instalada uma câmara de vigilância, de acordo com os investigadores.
O vídeo filmado por esta câmara foi transmitido "em tempo real aos organizadores do ataque, para a cidade de Dnipro", na Ucrânia, disse.
Assim que o general e o assistente saíram do edifício, o dispositivo explosivo foi ativado remotamente pelo suspeito, referiu o comunicado.
Por este atentado, foi prometida ao criminoso "uma remuneração de 100 mil dólares americanos [95,1 mil euros]" e a possibilidade de se mudar "para um dos países europeus", acrescentou.
O general Kirillov, de 54 anos, sancionado por Londres em outubro pela alegada utilização de armas químicas na Ucrânia, é o mais alto responsável militar russo morto desde o início da invasão na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
O assassínio foi imediatamente reivindicado em Kiev, na terça-feira, por uma fonte dos serviços de segurança ucranianos (SBU), que tinha acusado o general de "crimes de guerra" na segunda-feira.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.