A agência de notícias estatal norte-coreana KCNA disse que "subunidades das forças armadas" do país "participaram nas operações para libertar as áreas ocupadas de Kursk".
A Coreia do Norte declarou esta segunda-feira, 28, pela primeira vez, que enviou tropas para a Rússia, para apoiar a ofensiva russa contra a Ucrânia, ao abrigo do tratado de parceria estratégica assinado com Moscovo em junho de 2024.
Kommersant Photo/Anatoliy Zhdanov
A agência de notícias estatal norte-coreana KCNA disse que "subunidades das forças armadas" do país "participaram nas operações para libertar as áreas ocupadas de Kursk", na sequência de uma ordem direta do líder Kim Jong-un.
De acordo com a KCNA, o esforço de guerra dos soldados "foi concluído vitoriosamente".
"Aqueles que lutaram pela justiça são todos heróis e representantes da honra da pátria", disse o líder norte-coreano, Kim Jong-un, citado pela agência.
Kim justificou a participação militar como uma "missão sagrada" para fortalecer a amizade com a Rússia e defender a honra da Coreia do Norte
O líder acrescentou que um monumento em comemoração dos "feitos da batalha" e em homenagem aos mortos vai ser erguido em breve na capital Pyongyang.
De acordo com os serviços de inteligência militar ocidentais, desde outubro que o regime de Pyongyang enviou mais de 10 mil soldados norte-coreanos para a Rússia.
No sábado, o Chefe do Estado-Maior do Exército russo, Valery Gerasimov, confirmou pela primeira vez a presença de soldados norte-coreanos na frente de batalha contra as forças ucranianas.
Numa conversa com o Presidente russo, Vladimir Putin, Gerasimov elogiou o papel dos combatentes norte-coreanos na alegada recaptura total da região russa de Kursk, que estava desde agosto parcialmente sob o controlo da Ucrânia.
"Os soldados e oficiais do exército norte-coreano, que lutaram ao lado dos militares russos, demonstraram grande profissionalismo, resistência, coragem e heroísmo ao repelir a invasão ucraniana", disse Gerasimov.
"A última localidade no território da região de Kursk, a aldeia de Gornal, foi libertada das unidades ucranianas", declarou Guerassimov, durante um encontro com Putin, por videoconferência, transmitida pela televisão estatal russa.
"A aventura do regime de Kiev falhou completamente", felicitou-o Vladimir Putin, em resposta.
As forças russas entraram nesta zona fronteiriça em agosto de 2024.
Também no sábado, o exército ucraniano qualificou de falsas as alegações de Gerasimov e afirmou que prosseguia as operações nesta zona fronteiriça.
"As declarações dos líderes inimigos sobre a 'derrota' das forças ucranianas não passam de manobras de propaganda", denunciou o Estado-Maior ucraniano, em comunicado.
"Não existe qualquer ameaça de cerco às nossas unidades", acrescentou, embora tenha admitido que a situação é difícil.
No domingo, foi a vez do Presidente ucraniano garantir que o exército ucraniano prossegue com as operações em Kursk.
"As nossas forças continuam as operações defensivas e ativas em áreas designadas das regiões [russas] de Kursk e Belgorod", afirmou Volodymyr Zelensky.
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