O ataque a Kiev cada vez mais se intensifica: dois depósitos de petróleo perto de Kiev estão a arder na sequência de um ataque russo.
Os EUA autorizaram o envio de €183 milhões em armas e outra assistência à Ucrânia. Num memorando enviado ao secretário de Estado Antony Blinken, o presidente norte-americano Joe Biden assinalou que os milhões seriam alocados através do Ato de Assistência ao Estrangeiro. Os fundos podem ser usados para armas, outros bens de defesa, educação militar e treinos para ajudar a Ucrânia.
A Ucrânia está pronta para negociar o fim da guerra iniciada por Moscovo no dia 24 de fevereiro, mas não se vai render nem aceitar ultimatos, avisou Dmytro Kuleba, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano. Durante um evento, o ministro considerou que vidas de civis seriam salvas caso a Ucrânia tivesse caças e mais aviões de ataque para destruir grandes colunas militares.
Vladimir Putin não parece pronto para acabar com a guerra, considerou uma fonte da presidência francesa depois de uma chamada de 75 minutos entre o presidente russo, o chanceler alemão Olaf Scholz e o presidente francês Emmanuel Macron.
O Palácio do Eliseu também considerou que as alegações de Putin sobre violações dos direitos humanos por parte das tropas ucranianas são "mentiras", de acordo com o jornal Le Monde.
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As forças russas que ocuparam Kherson, uma cidade portuária no sul da Ucrânia, estão a planear a convocação de um referendo para criar uma região independente. A informação foi avançada nas redes sociais por Sergey Khlan, o vice-diretor do conselho local, citado pela agência noticiosa Reuters.
Vladimir Putin falou ao telefone com Emmanuel Macron e com Olaf Scholz sobre o estado das negociações de paz entre Moscovo e Kiev e foi questionado sobre a situação humanitária na Ucrânia. Os três líderes mantiveram uma chamada a três e de seguida, o Kremlin emitiu um comunicado em que aludiu aos abusos aos direitos humanos alegadamente cometidos pelas forças ucranianas, sem apresentar provas. Os presidentes russo e francês e o chanceler alemão concordaram em manter-se em contacto.
Durante uma conferência de imprensa, o presidente ucraniano revelou que na sexta-feira, entre 500 e 600 soldados russos se renderam. A Ucrânia precisa de sistemas antimíssil e está pronta para pagar por eles, diz. Volodymyr Zelensky acrescentou ainda que sugeriu ao primeiro-ministro israelita que as conversações de paz entre a Rússia e a Ucrânia podiam acontecer em Jerusalém. O presidente da Ucrânia disse ainda que a Rússia só conquistará Kiev se a arrasar.
Volodymyr Zelensky afirmou que algumas pequenas cidades ucranianas já não existem devido à guerra. O presidente ucraniano referiu ainda que quaisquer negociações com a Rússia têm que começar com um cessar-fogo, e que as equipas negociais da Rússia e da Ucrânia começaram a discutir tópicos concretos em vez de trocar ultimatos. Acusou ainda o Ocidente de não estar suficientemente envolvido em conversações de paz, e que não vê consenso para que a Ucrânia integre a NATO.
O governador regional de Kiev, Oleksiy Kuleba, afirmou este domingo que as evacuações de cidades junto à linha da frente estão a acontecer e deverão continuar este sábado. "Vamos tentar retirar pessoas todos os dias, enquanto se mantiver o cessar-fogo."
A Bielorrússia diz não ter quaisquer planos para se juntar à invasão russa à Ucrânia, mas vai enviar cinco grupos de soldados para a fronteira que separa os dois países para substituir as forças que já lá se encontram. Viktor Gulevich, chefe de gabinete no governo, afirmou: "Quero sublinhar que a transferência de soldados não está de maneira alguma ligada a qualquer preparação, e especialmente com a participação de soldados bielorrussos na operação militar especial no território da Ucrânia." A Ucrânia tinha avisado a Bielorrússia para não enviar tropas para manter a contenção na zona.
A Rússia continua a atacar áreas que a Ucrânia está a tentar evacuar através de corredores humanitários. A denúncia foi feita pelos governadores de duas regiões ucranianas, Kiev e Donetsk. Uma das cidades mais afetadas é a de Mariupol.
Vários corredores humanitários na Ucrânia estarão abertos este sábado. Iryna Vereshchuk, a vice-primeira-ministra da Ucrânia, disse: "Espero que o dia corra bem, que todos os corredores planeados sejam abertos e que a Rússia cumpra as suas obrigações quanto ao cumprimento do regime de cessar-fogo." Entre os corredores abertos encontra-se o de Mariupol. Haverá mais corredores abertos na zona de Sumy e Kiev.
A Rússia avisou os Estados Unidos que caravanas militares com armas enviadas à Ucrânia seriam "alvos legítimos" para o exército russo. Sergei Ryabkov, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, revelou na televisão russa que Moscovo tinha avisado Washington em como "a transferência irreflectida de armas como sistemas de mísseis antitanque e antiaéreos" poderia gerar consequências graves.
Dois depósitos de petróleo perto de Kiev estão a arder na sequência de ataques russos. Um deles fica em Vasylkiv, a 36 quilómetros da capital ucraniana, e outro em Kryachky. Vasylkiv já tinha sido atacada pela Rússia.
Bom dia.
Este sábado, o presidente da Ucrânia acusou a Rússia de ter raptado Ivan Fedorov, o autarca da cidade de Melitopol. Na sexta-feira, tinha sido divulgado o vídeo de um homem a ser retirado de um edifício por soldados russos cuja identidade foi agora revelada por Zelensky. O autarca tinha prometido que não iria cooperar com os russos "de maneira nenhuma" quando a cidade foi tomada, há uma semana.
O assalto russo a Kiev está a intensificar-se, com o disparo de artilharia contra áreas residenciais, mas tem sido travado através dos ataques da infantaria ucraniana e de drones turcos.
De acordo com o jornal The Guardian, mais um major general russo morreu na Ucrânia.
A situação de Mariupol continua a ser muito grave, e a população não tem acesso nem a eletricidade nem a linhas telefónicas. A comida e a água estão a escassear.
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