A equipa de defesa do ex-presidente norte-americano alega que os procuradores que marcaram o início do julgamento para o dia 2 de janeiro de 2024 estão a violar os direitos constitucionais de Donald Trump e que inúmeras evidências relacionadas com o caso tornam "totalmente impossível" cumprir o prazo solicitado.
Os advogados do ex-presidente norte-americano Donald Trump afirmaram que iam ser precisos vários anos para preparar a defesa do seu cliente contra as acusações de estar por detrás da conspiração em como os resultados das eleições presidenciais de 2020 eram falsos e pediram ao júri que o julgamento seja adiado para abril de 2026, já depois das eleições presidenciais do próximo ano em que Trump é candidato.
REUTERS/Amr Alfiky
A juíza Tanya Chutkan marcou uma audiência para 28 de agosto com o objetivo de determinar a data do julgamento e pediu que as duas partes apresentassem propostas. Na semana passada o procurador encarregue do casa, Jack Smith, propôs o dia 2 de janeiro de 2024, referindo ainda que o julgamento não deveria durar mais de seis semanas. Agora a defesa de Donald Trump apresenta a sua contraproposta.
Num documento de 16 páginas Gregory Singer defende os procuradores que marcaram o início do julgamento para o dia 2 de janeiro de 2024 estão a violar os direitos constitucionais de Donald Trump através de uma "corrida ao julgamento" e que inúmeras evidências relacionadas com caso, que totalizam 11,5 milhões de páginas de documentos, tornam "totalmente impossível" cumprir o prazo solicitado.
Gregory Singer defende ainda: "O interesse público reside na justiça e num julgamento justo, não num julgamento apressado. Além disso, o réu deve ter tempo suficiente para se defender". Assim sendo os advogados de Trump querem que a juíza distrital dos Estados Unidos, Tanya S. Chutkan, a esperar até ao outono de 2024 para ouvir as principais contestações legais à acusação.
Neste julgamento Donald Trump é acusado de conspirar contra o governo federal e obstruir a certificação da eleição presidencial. Esta é uma acusação sem precedentes a um ex-presidente pela sua conduta presidencial e é também a primeira vez que o candidato à presidência é acusado durante a campanha, por isso Gregory Singer defende que o caso "não é apenas complexo ou incomum", "é uma terra incógnita".
No início de agosto o ex-presidente norte-americano declarou-se inocente, iniciando um confronto histórico num tribunal criminal federal que vai representar desafios legais e políticos. Durante toda a sua carreira Donald Trump foi alvo de investigações pelas autoridades federais, estatais e reguladoras, acumulando mais de quatro mil ações judiciais.
Ainda assim Trump continua a ser o favorito para representar os republicanos na corrida presidencial de 2024.
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