Os bastidores do plano para o 'golpe' foram afinal gravados. Um documentário ameaça dinamitar a defesa de Trump. Roger Stone, seu velho parceiro, surge a dizer ao realizador “se usar isso, mato-o” e este chega a ter um ataque cardíaco.
A data é 5 de novembro de 2020. Roger Stone, homem de mão de Donald Trump, surge sentado a uma mesa, ditando com calma um memorando a um colaborador que vai teclando no computador. Vai dizendo: “Embora os oficiais em todos os 50 estados tenham de certificar os resultados da votação no seu Estado, a decisão final sobre quem os parlamentos estaduais decidem enviar para o colégio eleitoral é uma decisão feita apenas pelo parlamento.” E continua a delinear os pontos do plano, o que a equipa de Trump deve fazer: “Qualquer parlamento pode decidir, com base em provas esmagadoras de fraude, enviar eleitores para o colégio eleitoral que reflitam precisamente... e reflitam a vitória legítima do presidente [Trump] no seu Estado, que foi ilegalmente negada através de fraude.” No momento em que Stone dita, a futura vitória de Joe Biden ainda está por confirmar, mas é bem claro que há já um plano para a contornar: cada Estado americano cujo parlamento esteja sob controlo republicano deve ignorar os resultados eleitorais efetivos, invocar fraude e enviar ao Colégio Eleitoral que vai escolher o presidente americano os eleitores que garantam, aí, o voto em Trump. Stone continua, é ainda mais claro: “Temos de estar preparados para influenciar os nossos parlamentos republicanos através de contacto pessoal e demonstrando a esmagadora vontade do povo nos seus estados, em cada estado em que seja preciso que isto aconteça.”
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.