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Trump defende "excelente decisão" de enviar exército para Los Angeles

"Se não tivéssemos feito isso, Los Angeles teria sido riscada do mapa", afirmou Donald Trump enquanto os protestos contra as políticas migratórias continuam na Califórnia.

O presidente norte-americano, Donald Trump, disse que a sua iniciativa de enviar militares da Guarda Nacional para Los Angeles foi uma "excelente decisão", apesar da mobilização ter sido criticada por associações de direitos civis e denunciada pelas autoridades da Califórnia. Há mais de três dias que se vivem dias intensos em Los Angeles entre as autoridades e manifestantes que se opõem à política migratória do governo.

AP Photo/Eric Thayer

"Se não tivéssemos feito isso, Los Angeles teria sido riscada do mapa", afirmou Trump na sua rede Truth Social, atacando, mais uma vez, o governador democrata da Califórnia, Gavin Newsom, e a presidente da câmara de Los Angeles, Karen Bass, considerados "muito incompetentes". "Optaram por mentir aos californianos e aos norte-americanos, dizendo que não precisavam de nós e falando de ‘manifestações pacíficas’", escreveu Trump. 

Os manifestantes chegaram a bloquear o trânsito de uma das vias mais importantes do centro da cidade, tendo este episódio feito aumentar o nível de tensão, com confrontos a envolver os agentes de segurança. No sábado, o governo americano decidiu, por isso, anunciar o envio de 2 mil tropas. Antes de enviar as tropas, Trump escreveu: "Não deixem esses bandidos escaparem impunes. Façam a América grande novamente". "Tragam as tropas (...). Prendam as pessoas já", acrescentou ainda o republicano.

"Nos últimos dias, multidões violentas atacaram polícias do ICE [polícia da imigração] e agentes federais que realizavam operações básicas de deportação em Los Angeles, Califórnia. Essas operações são essenciais para interromper e reverter a invasão de criminosos ilegais nos EUA. Após essa violência, os irresponsáveis líderes democratas da Califórnia abdicaram completamente da sua responsabilidade de proteger seus cidadãos. É por isso que o presidente Trump assinou um memorando presidencial para mobilizar 2 mil membros da Guarda Nacional para lidar com a ilegalidade que permitiram que se agravasse", lê-se num comunicado da Casa Branca.

Durante os confrontos, a polícia recorreu ao uso de gás lacrimogéneo, balas de borracha, granadas não letais e à violência, para controlar a multidão que gritava: "Fora, ICE", em referência ao Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA. Segundo alguns vizinhos que estavam no local, vários imigrantes chegaram até a abrigar-se dentro de comércios locais com medo de sair às ruas. Os manifestantes só acabaram por dispersar ao cair da noite.

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