O presidente dos EUA disse que a operação pretende tornar a situação migratória mais justa para os que aguardam há vários anos para serem cidadãos norte-americanos através de um processo legal.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse esta sexta-feira que a operação a nível nacional para identificar, deter e deportar imigrantes que estão ilegalmente naquele país arranca no domingo, confirmando as informações avançadas pela imprensa norte-americana.
"Eles chegaram de forma ilegal", disse o chefe de Estado norte-americano em declarações aos jornalistas nos jardins da Casa Branca, afirmando que a polícia dos serviços de imigração "vai enviar (os imigrantes clandestinos) de volta" para os respetivos países.
Segundo Trump, citado pela agência noticiosa Associated Press (AP), os agentes da Agência de Imigração e de Controlo de Alfândegas (ICE, na sigla em inglês) estarão focados em pessoas com conduta criminosa e naquelas que entraram ilegalmente nos Estados Unidos.
O governante referiu que a operação pretende tornar a situação migratória mais justa para os que aguardam há vários anos para serem cidadãos norte-americanos através de um processo legal.
Esta vaga de detenções e de deportações em massa de imigrantes indocumentados foi inicialmente anunciada a 21 de junho por Trump, mas foi posteriormente adiada em duas semanas sob o pretexto de dar tempo ao Congresso para alcançar um compromisso sobre futuras medidas de segurança para a fronteira sul do país (Estados Unidos/México).
Na quinta-feira, o jornal The New York Times avançou que a operação iria arrancar no próximo domingo em pelo menos 10 grandes cidades dos Estados Unidos.
O jornal também indicou que cerca de 2.000 imigrantes seriam visados na fase inicial da operação.
A oposição democrata denunciou e criticou esta operação de deportações em massa que qualifica como uma ameaça para pessoas que já vivem há muito tempo nos Estados Unidos, onde constituíram família.
Segundo o diário The New York Times, que citou dois atuais funcionários do Departamento de Segurança Interna e um antigo elemento dos mesmos serviços, os imigrantes clandestinos agora visados entraram recentemente nos Estados Unidos.
Os dossiês de regularização destes imigrantes foram arquivados em finais de 2018 e estas pessoas foram notificadas com uma ordem de deportação em fevereiro passado, acrescentou o jornal.
Várias associações apresentaram na quinta-feira um recurso num tribunal de Nova Iorque a pedir a revogação destas ordens de deportação e a exigir que os imigrantes ilegais detidos sejam ouvidos por um juiz dos serviços de migração antes de serem expulsos do país.
Esta operação tem contornos similares a ações que têm sido realizadas, de forma regular, desde 2003, muitas delas dando origem a centenas de detenções.
A luta contra a imigração ilegal tem sido uma das prioridades políticas de Donald Trump, que já descreveu como uma ameaça à segurança nacional os milhares de migrantes oriundos da América Central que têm tentado entrar nos Estados Unidos nos últimos meses.
Em junho, cerca de 104 mil pessoas foram presas ou colocadas em centros de detenção após terem atravessado ilegalmente a fronteira com o México, menos 40 mil do que em maio.
Reportagens divulgadas pelos ‘media’ norte-americanos e relatórios de ativistas de direitos civis têm denunciado a existência de condições deploráveis nos centros de detenção de migrantes sem documentação nas fronteiras do sul dos Estados Unidos, em muitos casos envolvendo crianças que são separadas dos pais e deixadas em situação de risco.
Segundo o centro de pesquisa norte-americano Pew Research Center, 10,5 milhões de imigrantes viviam ilegalmente nos Estados Unidos em 2017. Quase dois terços vivem no país há mais de uma década.
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