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Trump classificou várias nações africanas como "países de merda"

O Presidente dos EUA qualificou El Salvador, Haiti e nações africanas como "shithole countries", dizendo que prefere abrir portas a imigrantes de países como a Noruega.

Presidente dos Estados Unidos qualificou esta quinta-feira El Salvador, Haiti e várias nações africanas (que não identificou pelo nome) como "países de merda" ("shithole countries"), dizendo que prefere abrir as portas dos EUA a imigrantes de países como a Noruega.

"Por que razão temos todas estas pessoas de países de merda a virem para aqui?", afirmou Donald Trump na quinta-feira, durante uma reunião com legisladores na Casa Branca, avançam vários jornais norte-americanos.

O Presidente dos Estados Unidos recorreu ao calão com a expressão "shithole countries" depois de dois senadores lhe terem apresentado um projecto de lei migratório ao abrigo do qual seriam concedidos vistos a alguns cidadãos de países que foram recentemente retirados do Estatuto de Protecção Temporária (TPS, na sigla em inglês), como de El Salvador, Haiti, Nicarágua e Sudão.

O TPS é um benefício concedido pelos Estados Unidos a imigrantes sem documentos que não podem regressar aos seus países de origem por causa de conflitos civis, desastres naturais ou outras circunstâncias extraordinárias, uma espécie de visto temporário que lhes permite viver e trabalhar no país. Recentemente, Trump retirou os apoios a 100.000 salvadorenhos que estavam nos EUA ao abrigo desses acordos.

Donald Trump sugeriu, em resposta aos senadores, que os Estados Unidos deviam atrair mais imigrantes de países como a Noruega. Dias antes, o presidente norte-americano esteve reunido com a primeira-ministra norueguesa.

O Washington Post aponta que alguns legisladores presentes na reunião ficaram chocados com os comentários. Fontes com conhecimento do encontro garantiram que, antes de proferir o insulto, Trump exclamou: "Para que é que queremos haitianos aqui? Para que é que queremos todas estas pessoas de África aqui?"

Confrontado com as notícias, Raj Shah, um porta-voz da Casa Branca, não negou que Donald Trump tenha feito as referidas declarações e defendeu a sua postura.

"Certos políticos de Washington escolhem lutar por países estrangeiros, mas o Presidente Trump sempre lutará pelo povo norte-americano", afirmou Shah num comunicado enviado às redacções.

"O Presidente Trump luta para conseguir soluções permanentes que tornam o nosso país mais forte, ao dar as boas-vindas àqueles que possam contribuir para a nossa sociedade, fazer crescer a nossa economia e integrar-se na nossa grande nação", acrescentou, antes de sublinhar: "Ele rejeitará sempre as medidas temporárias, débeis e perigosas que ameacem as vidas dos norte-americanos que trabalham no duro e que prejudiquem os imigrantes que procuram uma vida melhor nos Estados Unidos por vias legais".

O projecto de lei negociado por seis senadores de ambos os partidos, republicano e democrata, prevê a eliminação da chamada "lotaria dos vistos", programa electrónico que selecciona aleatoriamente imigrantes de países com baixas taxas de migração para os Estados Unidos.

Anualmente, cerca de 50 mil pessoas entram no país através desse programa, que abre caminho à cidadania norte-americana e que beneficia maioritariamente cidadãos de países de África.

Fonte do Senado indicou à agência espanhola EFE, sob anonimato, que metade desses vistos seria consignada aos que até agora estavam protegidos ao abrigo do TPS e que a outra metade estaria reservada a imigrantes com qualificações profissionais, o famoso "mérito" defendido por Trump.

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