Três manifestantes mortos na Venezuela nas últimas 48 horas

Pelo menos três pessoas morreram e 130 ficaram feridas durante os conflitos entre opositores a Maduro e apoiantes na Venezuela. Os números foram registados por uma associação venezuelana.

De acordo com o Observatório Venezuelano de Conflito Social, pelo menos três pessoas morreram em protestos nos últimos dois dias. Os nomes foram avançados: Jurubith Rausseo, de 27 anos; Yoifre Hernandez Vasquez, 14 anos; e Yosner Graterol, 16 anos.

Ao todo, já foram assassinados "55 manifestantes pelo regime de Maduro em 2019", indica a associação. Entre os mortos, encontram-se cinco menores. 

Asciende a 55 la cifra de manifestantes asesinados por el régimen de Maduro en lo que va de 2019.

En dos días, al menos, 130 heridos en todo el país por balas, perdigones y gases lacrimógenos.#OVCS pic.twitter.com/41aHqxDafY

— Observatorio de Conflictos (@OVCSocial) 2 de maio de 2019

O autoproclamado Presidente da Venezuela, Juan Guaidó, desencadeou na madrugada de terça-feira um ato de força contra o regime de Nicolás Maduro em que envolveu militares e para o qual apelou à adesão popular.

O regime ripostou, considerando que estava em curso uma tentativa de golpe de Estado.

Apesar de Juan Guaidó ter afirmado ao longo do dia que tinha os militares do seu lado, nenhuma unidade militar aderiu à iniciativa nem se confirmou qualquer deserção de altas patentes militares fiéis a Nicolas Maduro.

A Venezuela viveu na quarta-feira uma segunda onda de manifestações que causaram mais de 50 feridos em Caracas.

O dia anterior tinha também terminado em protestos violentos, dos quais resultaram um morto e 80 feridos, segundo um levantamento de um grupo de militares em Caracas.

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