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Tarifas. Eurodeputado do PS propõe imposto sobre gigantes tecnológicas

"A Comissão deve estar preparada para propor um imposto comum sobre serviços digitais na UE", referiu Bruno Gonçalves em missiva a Ursula Von der Leyen, subscrita por mais de 40 eurodeputados.

O eurodeputado socialista Bruno Gonçalves propôs hoje, numa carta enviada à presidente da Comissão Europeia, a criação de um imposto na União Europeia (UE) sobre as 'gigantes' tecnológicas, na sequência das "agressivas tarifas" norte-americanas.

Comissão Europeia
Comissão Europeia

"A Comissão deve estar preparada para propor um imposto comum sobre serviços digitais na UE", referiu o parlamentar do PS na missiva enviada a Ursula Von der Leyen, subscrita por mais de 40 eurodeputados de todos os grupos políticos, exceto da extrema-direita.

"Podemos esperar essa proposta no contexto das agressivas tarifas de 'Dia da Libertação' da administração [norte-americana de Donald] Trump e/ou da recente troca de opiniões entre os chefes de Estado e de Governo da UE sobre novos recursos próprios, conforme mencionado nas mais recentes conclusões do Conselho Europeu?", questionou Bruno Gonçalves na carta, a que a Lusa teve acesso.

Em dezembro de 2020, a UE comprometeu-se a estabelecer uma taxa digital como um novo recurso próprio, mas tal abordagem foi abandonada na sequência de uma solução multilateral no âmbito da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) para um nível mínimo global de tributação sobre as empresas.

A missiva surgiu num momento de acentuadas tensões comerciais depois dos anúncios de Donald Trump de imposição de taxas de 25% para o aço, o alumínio e os automóveis europeus e de 20% em tarifas recíprocas ao bloco comunitário, estas últimas entretanto suspensas por 90 dias.

Esta suspensão acalmou os mercados, que têm vindo a registar graves perdas, e foi saudada e secundada pela UE, que suspendeu, durante o mesmo período, as tarifas de 25% a produtos norte-americanos que havia aprovado na quarta-feira em resposta às aplicadas pelos Estados Unidos ao aço e alumínio europeus.

No final da semana passada, numa entrevista publicada no jornal britânico Financial Times, Ursula von der Leyen admitiu taxas às empresas digitais norte-americanas, caso não se consiga chegar a um acordo nestes 90 dias que reduza a vaga de tarifas de Donald Trump contra a Europa.

A Comissão Europeia, que detém a competência da política comercial na UE, tem optado pela prudência e essa cautela é apoiada por países como Portugal.

Bruxelas quer, neste período de pausa de 90 dias, conseguir negociar com Washington, depois de ter já proposto tarifas zero para bens industriais nas trocas comerciais entre ambos os blocos.

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