Ministro do Interior de Itália publicou carta no jornal Corriere della Sera, alegando que a decisão "correspondeu a um interesse público importante."
O ministro do Interior de Itália, Matteo Salvini, pediu esta terça-feira ao Senado que não permita a abertura de um julgamento contra si por ter bloqueado o desembarque de 177 migrantes de um navio militar.
O ministro, defensor de uma política de imigração muito restritiva, publicou uma carta no jornal Corriere della Sera, na qual justificou a sua decisão de bloquear o desembarque de migrantes, alegando que ela "correspondeu a um interesse público importante."
O Conselho de Eleições e Imunidade do Senado reúne quarta-feira para decidir se autoriza o Tribunal da região de Catânia (no sul de Itália) a abrir um processo contra Salvini, por o ministro ter bloqueado o desembarque de migrantes do navio militar "Diciotti", em agosto passado, sendo por isso acusado de "sequestrar pessoas".
A lei italiana que regula os processos judiciais contra presidentes e ministros dita que se deve recusar a autorização para fazer um julgamento quando o arguido "agiu para proteger os interesses de Estado constitucionalmente relevantes ou por um interesse público proeminente."
"Depois de ter refletido longamente sobre este caso, considero que a autorização para um julgamento deve ser rejeitada. E não é por ser sobre mim. A luta contra a imigração ilegal corresponde a um interesse público preeminente", diz Salvini na carta divulgada hoje.
O ministro argumenta ainda que esta situação tem "implicações políticas precisas" porque, escreve, não agiu em seu nome, mas em nome de todo o governo italiano.
"Em conclusão, eu não nego nada e não me eximo a responsabilidades. Estou convencido de que sempre agi nos melhores interesses do país e no pleno respeito do meu mandato", diz o ministro na carta.
O Senado começa quarta-feira a discutir este caso, que deverá ficar resolvido num prazo máximo de 60 dias.
Se o julgamento acontecer, poderá comprometer a estabilidade do governo de coligação entre a Liga (a que pertence Salvini) e o Movimento Cinco Estrelas, já que este partido revelou que não se oporia ao processo judicial.
No entanto, o ministro das Infraestruturas, Danilo Toninelli, do Movimento Cinco Estrelas, disse hoje que a coligação está sólida e unida, independentemente da decisão sobre o julgamento de Salvini.
Salvini pede para não ser julgado por bloqueio de desembarque de migrantes
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
E se, apesar de, como se costuma dizer, nos ouvirem, monitorizarem movimentos, localização e comportamentos, esta aceleração forçada que nos faz andar depressa demais for, afinal, tão insustentável que acabe por (espero) ter efeito contrário?
O discurso do “combate à burocracia” pode ser perigoso se for entendido de forma acrítica, realista e inculta, ou seja, se dispensar os dados e evidências e assentar supostas verdades e credibilidades em mitos e estereótipos.
Campanhas dirigidas contra Mariana Mortágua mais não são do que inequívocos actos de misoginia e homofobia, e quem as difunde colabora com o que de mais cobarde, vil e ignóbil existe na sociedade portuguesa.