Líder da extrema-direita italiana disse que está a ser alvo de "injustiça sem sentido" após ter sido autorizado o julgamento pelo bloqueio do navio da ONG Open Arms quando era ministro do Interior.
O líder da extrema-direita italiana Matteo Salvini disse hoje que está a ser alvo de "injustiça sem sentido" depois de o Senado ter autorizado o julgamento pelo bloqueio do navio da ONG Open Arms quando era ministro do Interior.
O navio da organização não-governamental (ONG) espanhola fazia o resgate e salvamento de migrantes e refugiados que tentavam cruzar o Mediterrâneo.
"Hoje acordei tal como me deitei ontem à noite, tranquilo, mas um pouco aborrecido, obviamente por estar a sofrer uma injustiça sem sentido", disse Salvini ao programa de televisão italiano "Aria Purita".
Em agosto de 2019 o então ministro do Interior bloqueou durante 20 dias o navio da Open Arms com 150 pessoas a bordo que tinham sido resgatadas das embarcações precárias em que navegavam.
O Tribunal de Palermo, no sul do país, pretende julgar Salvini por sequestro sendo que na quinta-feira à tarde o Senado autorizou o levantamento da imunidade parlamentar.
A atitude da Câmara Alta permite, para começar, uma audiência preliminar perante o Tribunal de Palermo que vai decidir se Salvini vai ser julgado ou se arquiva o processo.
Salvini afirmou que teve como intenção "bloquear os desembarques, combater os traficantes de seres humanos, reduzir o número de mortes e desaparecimentos e acabar com a chegada de clandestinos".
"Não peço uma medalha mas correr o risco de 15 anos de prisão parece-me uma loucura", afirmou.
O líder da extrema-direita não está no governo italiano desde setembro de 2019, quando pôs fim à aliança com o Movimento Cinco Estrelas.
O dirigente e deputado italiano enfrenta outro processo judicial por um caso semelhante por ter bloqueado em julho de 2019 uma embarcação da Guarda Costeira italiana com 131 pessoas a bordo.
O julgamento deste caso vai ser decidido em outubro pelo Tribunal da Catânia, sul de Itália.
Caso seja condenado, Salvini fica impedido de se candidatar a cargos políticos porque a Lei Severino, de 2012, proíbe as candidaturas a eleições a todos os que são condenados a mais de dois anos de cadeia efetiva.
O mesmo aconteceu com o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi que foi expulso do Senado 2013 após a condenação por fraude fiscal no caso Mediaset.
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