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PSOE não desiste de relações com Podemos mas está “zangado”

Partido de Pedro Sánchez admitiu um "aborrecimento considerável" e uma "desconfiança muito grande" após a "chantagem" que o Unidas Podemos terá tentado submeter aos socialistas.

A porta-voz do PSOE no parlamento espanhol assegurou hoje que as relações com o Unidas Podemos não estão quebradas, mas admitiu um "aborrecimento considerável" e uma "desconfiança muito grande" após a "chantagem" a que terá tentado submeter os socialistas.

"As relações com os partidos políticos nunca podem ser quebradas, muito menos agora", afirmou hoje Adriana Lastra, citada pela Efe, depois de admitir que "existe, evidentemente, uma desconfiança muito grande e um aborrecimento considerável do partido com o Unidas Podemos, porque (…) levou a repetir eleições".

A responsável não respondeu quando questionada se o PSOE mantém o Podemos como parceiro preferencial e disse apenas que os socialistas tencionam vencer as eleições de 10 de novembro e que aquilo que querem é falar com "toda a Espanha" para conseguir um apoio maioritário.

Adriana Lastra criticou também a afirmação do líder do Podemos de que o presidente interino do Governo, Pedro Sánchez, lhes mentiu nas negociações.

"Já nos habituámos nas últimas semanas às desqualificações por parte do Unidas Podemos", afirmou, frisando que o PSOE fez uma "negociação sincera" pela investidura de Sánchez, enquanto o Podemos os tentava submeter a uma "chantagem".

Em 17 de setembro, o líder socialista espanhol, Pedro Sánchez, culpou o líder do Unidas Podemos, Pablo Iglesias, e o líder do Cidadãos, Alberto Rivera, pela falha de uma solução de Governo, que levará a novas eleições gerais em novembro.

Os espanhóis deverão ser chamados às urnas em 10 de novembro próximo, depois de o rei, Felipe VI, ter constatado, naquele mesmo dia, a inexistência de uma maioria possível para reconduzir Pedro Sánchez, o secretário-geral do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), como primeiro-ministro do país.

Um acordo entre os partidos do centro político espanhol, PSOE (socialistas) e Cidadãos (direita liberal), é visto pelos analistas como uma saída possível para o atual impasse num sistema com cinco formações políticas com 10 a 30% dos votos.

A Espanha tem assistido a uma grande instabilidade política desde que em 2015 terminou o anterior sistema bipartidário – em que PSOE e PP se intercalavam no Governo – com a entrada no parlamento do Podemos (extrema-esquerda) e do Cidadãos.

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