O agente da Polícia Nacional de Cabo Verde, de 37 anos, é suspeito de assassinar um colega a tiro durante uma operação num bairro da cidade da Praia, na ilha de Santiago.
O agente da Polícia Nacional deCabo Verdesuspeito do homicídio de um colega no final de outubro vai aguardar julgamento em prisão preventiva, segundo decisão do juiz do Tribunal da Comarca da Praia.
A informação sobre a medida de coação, após primeiro interrogatório judicial, foi prestada hoje por fonte da Polícia Judiciária, indicando que o agente em causa foi detido na sexta-feira, por elementos daquela força policial, que investigavam o caso.
O agente, de 37 anos, é suspeito de assassinar um colega a tiro durante uma operação num bairro da cidade da Praia, na ilha de Santiago.
O crime aconteceu em 29 de outubro, quando o Serviço de Piquete foi chamado, através do Centro de Comando, para uma diligência em Tira Chapéu, considerado dos mais problemáticos bairros da capital cabo-verdiana.
Segundo a Polícia Nacional, ao aperceberem-se da presença policial, os suspeitos puseram-se em fuga, mas imediatamente foram perseguidos, resultando um disparo de armas de fogo que terá atingido mortalmente o agente de primeira classe.
No dia seguinte, a Polícia Judiciária anunciou que um homem esteve nas suas instalações para diligências na sequência do assassinato do polícia, mas que foi dispensado no mesmo dia.
O caso, que abalou então o país, levou a Embaixada dos Estados Unidos em Cabo Verde a emitir um alerta se segurança aos seus cidadãos por causa da onda de criminalidade na cidade da Praia.
Duas semanas depois, após uma reunião com responsáveis pela segurança interna do país, o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, anunciou 14 medidas para combater a criminalidade urbana, entre elas a revisão da lei das armas e o agravamento de penas em caso de reincidência criminal.
Prisão preventiva para agente da polícia cabo-verdiana suspeito de matar colega
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O descontentamento que se vive dentro da Polícia de Segurança Pública resulta de décadas de acumulação de fragilidades estruturais: salários de entrada pouco acima do mínimo nacional, suplementos que não refletem o risco real da função, instalações degradadas e falta de meios operacionais.