Sábado – Pense por si

Primeiro-ministro italiano vai apresentar a demissão

Diogo Barreto
Diogo Barreto 25 de janeiro de 2021 às 20:06
As mais lidas

Conte vai apresentar a sua demissão amanhã, mas espera vir a ldierar o novo governo italiano. Gestão da pandemia e dos futuros fundos de resolução enfraqueceram o governante.

O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, vai demitir-se esta terça-feira, avança o jornal norte-americano The Washington Post. Esta demissão surge na sequência de vários percalços e culmina num período crítico da pandemia com a demissão do chefe de Governo. Conte espera conseguir formar um novo governo com uma maioria ampla.

Giuseppe Conte
Giuseppe Conte Giuseppe Conte

O gabinete de Conte informou esta segunda-feira que o primeiro-ministro vai abandonar o cargo já amanhã e que depois se vai reunir com o presidente do país, Sergui Mattarella, de forma a entregar a sua demissão.

"O meu objetivo é encontrar um acordo que dê uma perspetiva política clara para governar até ao fim do mandato", disse Conte, segundo o jornal italianoLa Repubblica. A nova coligação deverá recorrer a elementos centristas, de acordo com a Bloomberg.

A crise instalou-se no governo de Conte desde o início de 2021 depois de várias críticas relacionadas com a gestão da pandemia de covid-19 e devido à incerteza relativamente ao futuro fundo de recuperação, que levaram à saída do partido de Matteo Renzi da coligação governamental. Embora Conte tenha sobrevivido a uma subsequente votação de confiança no Parlamento na semana passada, não conseguiu obter uma maioria absoluta no Senado, o que significa que terá dificuldade em aprovar qualquer agenda política, a menos que possa contar com novo apoio. 

Segundo os meios italianos, Conte quer que Renzi volte a integrar o governo e procura criar um "governo de segurança nacional". Os principais partidos dizem que eleições rápidas, dois anos antes do previsto, serão a única saída para o impasse político, a menos que seja rapidamente encontrada uma solução.

Conte está à frente do governo desde junho de 2018.