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Presidente moçambicano defende jornalismo como farol para desenvolvimento

11 de abril de 2018 às 07:18
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"Que o jornalismo nacional seja um farol para a construção de um país que todos ansiamos", referiu Filipe Nyusi.

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, defendeu hoje que o jornalismo deve servir de farol para o desenvolvimento do país, numa mensagem alusiva ao Dia do Jornalista Moçambicano.

"Desejo felicidades a todos os profissionais da comunicação social, com votos de que o jornalismo nacional seja um farol para a construção de um país que todos ansiamos", referiu o chefe de Estado.

Filipe Nyusi assinala a data que este ano tem um contexto especial: acontece duas semanas depois de um jornalista e comentador político, Ericino de Salema, ter sido raptado e espancado em plena luz do dia em Maputo.

Apesar de a polícia afirmar que ainda está a procurar os autores do crime e que não são conhecidas motivações, organizações da sociedade civil associam o caso a outras situações de violência contra figuras críticas do Governo e da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder desde a independência do país, em 1975.

Sem fazer referência às agressões contra Salema, Nyusi refere na mensagem de hoje que "o Governo tem estado empenhado, lado a lado com os profissionais da comunicação social, para a criação de um ambiente saudável de liberdade de expressão e acesso à informação, para a dignificação desta classe, construindo uma sociedade tolerante pela pluralidade de ideias".

No entanto, diversas organizações da sociedade civil moçambicana entregaram na última semana uma petição à Assembleia da República, pedindo ao órgão para pressionar as instituições de justiça a esclarecer os casos de violência contra críticos do Governo e da Frelimo.

Em 2015, o constitucionalista moçambicano de origem francesa Gilles Cistac foi mortalmente baleado na capital moçambicana e no ano seguinte o politólogo José Macuane sobreviveu após ter sido raptado e alvejado numa altura em que também era comentador do "Pontos de Vista".

Nenhum dos crimes foi esclarecido pelas autoridades.

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