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PP diz que Sánchez deverá pensar "em ir embora" se se confirmar projeção

10 de novembro de 2019 às 20:41
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As primeiras projeções dão uma diminuição dos lugares no parlamento espanhol obtidos pelo PSOE, que poderá passar dos atuais 123 para 114 a 119 deputados.

O secretário-geral do PP (direita) de Espanha, Teodoro García Egea, defendeu este domingo que o primeiro-ministro em funções, Pedro Sánchez, deverá "começar a pensar em ir-se embora" se se confirmar a perda de mandatos dos socialistas nas eleições.

As primeiras projeções dão uma diminuição dos lugares no parlamento espanhol obtidos pelo PSOE (socialistas), que poderá passar dos atuais 123 para 114 a 119 deputados.

Numa conferência de imprensa após o encerramento das assembleias de voto e a projeção dos primeiros resultados, Garcia Egea manifestou-se "cauteloso" sobre os resultados que o PP pode obter, mas também agradeceu aos que confiaram no seu partido, confirmando-o como "a única alternativa" a Sánchez.

As previsões avançadas pela televisão pública espanhola (TVE) concedem ao PP, a segunda frça mais votada, uma subida relativamente aos 66 deputados que elegeu em abril passado, data das eleições anteriores, obtendo agora entre 85 a 90 lugares.

Apesar de aconselhar o socialista Pedro Sánchez a começar a pensar na renúncia, Garcia Egea não clarificou se o líder do PP, Pablo Casado, está disposto a apresentar-se à investidura como primeiro-ministro.

O secretário-geral do PP remeteu para anteriores declarações de Pablo Casado, que se comprometeu a apresentar-se à investidura se elegesse mais um deputado do que os socialistas.

Nas eleições de 28 de abril, os socialistas do PSOE tiveram 28,7% dos votos, seguidos pelo PP com 16,7%, o Cidadãos (direita liberal) com 15,9%, o Unidas Podemos (extrema-esquerda) com 14,3% e o Vox (extrema-direita) com 10,3%.

As eleições de hoje foram convocadas em setembro pelo Rei de Espanha, depois de constatar que o primeiro-ministro socialista em funções, Pedro Sánchez, não conseguiu reunir os apoios suficientes para voltar a ser investido no lugar na sequência das eleições de abril.

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