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Polícia angolana preocupada com "tendência crescente da criminalidade"

16 de agosto de 2018 às 20:28
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O Comandante-Geral da Polícia Nacional angolana, Paulo Almeida, admitiu que há agentes envolvidos em vários casos de criminalidade.

Polícia, Angola

O Comandante-Geral da Polícia Nacional angolana disse esta quinta-feira, em Luanda, que o foco principal da actividade policial é "estancar a tendência crescente da criminalidade", através da prevenção, combate e neutralização destes comportamentos que atentam contra a ordem e tranquilidade.

Polícia, Angola


O Comandante-Geral da Polícia Nacional angolana disse esta quinta-feira, em Luanda, que o foco principal da actividade policial é "estancar a tendência crescente da criminalidade", através da prevenção, combate e neutralização destes comportamentos que atentam contra a ordem e tranquilidade.

A preocupação actual tem a ver com os crimes contra o património público, que constituem hoje, segundo Paulo de Almeida, "uma ameaça para o desenvolvimento do país".

Nos últimos tempos, são vários os casos da prática de furto e roubo de equipamentos públicos de natureza electrotécnica, centrais de energia eléctrica, cabines eléctricas, postos de transformação de energia, linhas de condução de energia eléctrica em pleno funcionamento, cabos eléctricos, material ferroso e não ferroso, fundamentais para o processo de electrificação em curso no país.

Na lista de vandalismo, protagonizado por cidadãos nacionais e estrangeiros, constam ainda o furto e roubo de materiais escolares, hospitalares e de sistemas de produção de água, entre outros, informou o Ministério do Interior.

O Comandante-geral da Polícia Nacional apelou aos seus colaboradores para redobrarem as capacidades operacionais para detectar este novo modus operandis da criminalidade qualificada.

"Temos de melhorar a cobertura policial nos municípios, comunas, bairros ou centralidades. A nossa resposta tem de ser mais oportuna, a nossa prestação de serviço e atendimento ao cidadão tem que ser mais credível", frisou Paulo de Almeida.

Para a situação interna da polícia, Paulo de Almeida disse que tem constatado, "com desagrado", "excessos nas actuações de efectivos", o que deve ser corrigido.

"Temos, lamentavelmente, registado a participação de agentes, a distintos níveis, em actos criminais. Estes devem responder criminal e disciplinarmente e serem afastados da corporação", defendeu o Comandante-Geral da PN.

Aos órgãos de justiça angolanos, Paulo de Almeida apelou para que continuem a julgar de acordo com a lei e a sua consciência, que deve ser "patriótica, objectiva e realista", com vista a "não desencorajar ou enfraquecer os esforços daqueles que lutam pela manutenção da ordem e tranquilidades públicas".

"Muitos que hoje apoquentam a tranquilidade dos nossos concidadãos são pessoas que passaram várias vezes pelas nossas prisões. Temos que reflectir sobre isso", exortou.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.