A PJ guineense desencadeou no início deste mês uma operação para recuperar arroz doado pela China e que já levou à apreensão de pelo menos 136 toneladas daquele alimento.
A Polícia Judiciária da Guiné-Bissauapreendeu na segunda-feira no âmbito da operação "Arroz do Povo" mais 36 toneladas de arroz numa quinta do ministro da Agricultura do país, disse hoje fonte daquela polícia de investigação criminal.
Segundo a mesma fonte, foram apreendidos 725 sacos de arroz num total de 36 toneladas na vila de Xalana, perto de Mansoa, que, segundo a PJ, é "propriedade do ministro da Agricultura", Nicolau dos Santos.
"Além de sacos de arroz, apreendemos alguns materiais agrícolas doados por parceiros da Guiné-Bissau", acrescentou a fonte da Polícia Judiciária guineense.
A PJ guineense desencadeou no início deste mês uma operação para recuperar arroz doado pela China e que já levou à apreensão de pelo menos 136 toneladas daquele alimento, base alimentar dos guineenses.
Além da apreensão feita na segunda-feira na quinta do ministro da Agricultura, a PJ já tinha apreendido outras tantas toneladas de arroz em armazéns em Bafatá alegadamente propriedade da empresa Cuba Lda, cujo dono é Botche Candé, antigo ministro do Interior do país.
Em declarações à imprensa, o inspetor da PJ responsável pela operação, Fernando Jorge, disse que o arroz doado pela China estava a ser preparado para ser vendido no mercado.
"Só queremos mostrar a nossa determinação e dizer que esta investigação vai até ao fim. A China doou 104 contentores de arroz e agora vamos perceber a dinâmica de distribuição desse arroz", disse.
Na quinta-feira, após a primeira apreensão de arroz ter sido tornada pública, o ministro da Agricultura esclareceu que os armazéns onde se encontrava o arroz apreendido em Bafatá foram alugados pelo Governo e que o donativo doado pela China não tinha sido desviado.
A Lusa tentou contactar hoje o ministro da Agricultura e Botche Candé para obter reação sobre as apreensões feitas, mas até ao momento sem sucesso.
Num comunicado divulgado à imprensa, o primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, que se encontra em Washington, pediu à PJ para "prosseguir o inquérito visando situar as responsabilidades no descaminho verificado na distribuição do arroz doado pela República Popular da China".
A Liga Guineense dos Direitos Humanos referiu hoje, em comunicado, estar "vigilante e pronta para denunciar quaisquer manobras que visem impedir a PJ de prosseguir com as suas ações de investigação e, por conseguinte, obstruir a realização de justiça".
A organização não-governamental guineense sublinha também que "apoia" a investigação da PJ para esclarecer o destino dado ao arroz doado pela China.
"O combate sem tréguas contra a corrupção nas suas múltiplas dimensões constitui um passo importante em direção à moralização da sociedade e consequente resolução dos graves problemas sociais e económicos com que o país se depara", salienta.
PJ da Guiné-Bissau apreende 36 toneladas de arroz em quinta do ministro da Agricultura
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