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Obama contra criação de zona de segurança na Síria

Obama explicou que seria muito complicado ter êxito já que era preciso destacar um grande número de tropas em terra, controlar movimentos e estabelecer pontos de controlo

O presidente norte-americano, Barack Obama, rejeitou a possibilidade de criar uma zona de segurança no norte da Síria por "questões práticas", já que isso implicaria invadir militarmente grande parte do país.

 

O presidente norte-americano falava numa conferência de imprensa, depois da reunião com a chanceler alemã, Angela Merkel, em Hanôver este domingo, onde abordou questões como o acordo comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia, a situação na Síria e na Líbia, o conflito na Ucrânia, as divergências com a Rússia e a crise dos refugiados.

 

Barack Obama destacou que a sua rejeição não tem a ver com uma "objecção ideológica", mas sim com uma mera "questão prática", explicando que é muito complexo estabelecer uma zona de segurança com êxito, já que será preciso destacar um grande número de tropas em terra, controlar movimentos e estabelecer pontos de controlo.

 

Nesse contexto, afirmou compreender as razões de quem tem apoiado a criação de uma zona de segurança no norte da Síria, como defendeu na sexta-feira Merkel, já que apoia o objectivo último desta medida, que passa por dar mais segurança aos cidadãos sírios.

 

Sublinhou a importância que têm na estabilização da Síria as conversações de Genebra, entre o Governo de Damasco, do presidente Bashar al-Assad, e a oposição.

 

Defendeu também que o cessar-fogo seja mantido nas zonas onde está a oposição considerada moderadas, mas não onde estão os jihadistas dos grupos terroristas Estado Islâmico e Al Nusra.

 

A chanceler alemã, por seu lado, manifestou a preocupação pelas violações ao cessar-fogo que têm ocorrido nos últimos dias.

 

Barack Obama chegou este domingo a Hanôver, na Alemanha, para a sua terceira, e muito provavelmente última, visita oficial ao país, no âmbito da última etapa de uma viagem que o levou à Arábia Saudita e ao Reino Unido.

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O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.