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NATO está a verificar sistemas informáticos após ciberataque contra os EUA

19 de dezembro de 2020 às 15:58
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Mike Pompeo declarou, na sexta-feira, que a Rússia estava, muito provavelmente, por trás do vasto ciberataque que atingiu os EUA, uma acusação já desmentida pelo Governo russo.

A NATO está a verificar os seus sistemas de informáticos, depois de um gigantesco ataque cibernético contra agências governamentais norte-americanas, anunciou hoje um responsável da Aliança Atlântica.

"Nesta fase, não descobrimos nenhuma evidência de que a segurança de qualquer rede da NATO tenha sido comprometida", disse o responsável da NATO, citado pela agência AFP.

"Os nossos especialistas continuam a avaliar a situação, para identificar e reduzir qualquer risco possível para as nossas redes", acrescentou.

Na quinta-feira, a Microsoft indicou ter sido informada que mais de 40 clientes detetaram o programa usado pelos piratas informáticos e que permitia aceder sem quaisquer entraves às redes das vítimas.

"Cerca de 80% dos nossos clientes encontram-se nos Estados Unidos, mas também conseguimos identificar, até agora, vítimas em vários outros países", declarou o presidente da Microsoft, Brad Smith, no blogue do gigante informático.

Os países em causa são Canadá, México, Bélgica, Espanha, Reino Unido, Israel e Emiratos Árabes Unidos.

Washington já acusou Moscovo de responsabilidade no ataque.

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, declarou, na sexta-feira, que a Rússia estava, muito provavelmente, por trás do vasto ciberataque que atingiu os Estados Unidos, uma acusação já desmentida pelo Governo russo.

"Foi uma operação muito importante e penso que podemos agora dizer, com bastante clareza, que foram os russos que empreenderam esta atividade", disse Mike Pompeo, no programa do comentador político Mark Levin, The Mark Levin Show.

A Rússia desmentiu firmemente estar implicada neste caso, afirmando que o país "não realizou operações ofensivas no ciberespaço", declarou a embaixada russa em Washington.

Pompeo denunciou uma operação de grande envergadura que consistiu, nomeadamente, em "entrar nos sistemas do Governo norte-americano". Só na semana passada, o Governo norte-americano descobriu este ataque, lançado a partir de março.

A dimensão do ciberataque tem vindo a aumentar à medida que são identificadas novas vítimas, também fora dos Estados Unidos.

Os 'hackers' conseguiram comprometer o 'software' Orion da norte-americana SolarWinds, utilizado para a gestão e supervisão de redes de computadores de grandes empresas ou administrações.

O responsável da NATO, que pediu o anonimato, disse ainda à AFP que a organização usava o 'software' SolarWinds nalguns dos seus sistemas informáticos.

"A NATO tem também uma equipa de intervenção rápida que pode ser mobilizada a qualquer momento e um centro operacional para o ciberespaço que está a funcionar normalmente".

De acordo com John Dickson, da empresa de segurança Denim Group, muitas empresas privadas potencialmente vulneráveis estão a lutar para fortalecer a suas proteções, chegando mesmo ao ponto de considerarem a reconstrução completa de seus servidores".

"É tão grande que todos estão agora a avaliar os danos", salientou à AFP.

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