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Na Malásia, o ex-primeiro-ministro foi condenado por corrupção

28 de julho de 2020 às 07:18
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Era alvo de sete acusações e acabou por ser condenado por todas elas. Najib Razak arrisca vários anos de cadeia.

O ex-primeiro-ministro da Malásia Najib Razak foi hoje condenado em todas as sete acusações de corrupção apresentadas no primeiro processo do escândalo relacionado com o fundo de investimento 1MDB.

"O acusado é culpado e condenado em todas as sete acusações" de corrupção, declarou o juiz do tribunal superior de Kuala Lumpur, Mohamad Nazlan Ghazali. 

"Após o exame de todas as provas neste processo, considero que o Ministério Público foi bem sucedido na apresentação do dossiê", acrescentou o juiz, que demorou duas horas a ler a decisão.

Najib Razak, que arrisca vários anos de cadeia, e vários próximos são acusados de terem delapidado o fundo de investimento 1Malaysia Development Bank (1MDB), criado para o desenvolvimento económico da Malásia, numa fraude de vários milhares de milhões de dólares com ramificações por todo o mundo.

Um dos poucos líderes do Sudeste Asiático a ser processado após perder o cargo, o ex-primeiro-ministro malaio, de 67 anos, enfrenta cinco casos criminais que cobrem 42 acusações de quebra de confiança, corrupção, abuso de poder e branqueamento de capitais relacionadas com o fundo 1MDB.

Este primeiro julgamento começou em abril de 2019, com sete acusações relacionadas com uma transferência de 42 milhões de ringgit (cerca de nove milhões de euros) para as contas de Najib Razak da SRC International, antiga subsidiária do 1MDB, entre 2011 e 2015.

Najib Razak criou o fundo estatal 1MDB quando assumiu o poder em 2009, para promover o desenvolvimento económico do país, mas o fundo acumulou vários milhões em dívidas e está a ser investigado nos Estados Unidos e em vários outros países por alegado desvio de verbas e branqueamento de capitais.

O escândalo levou à derrota da coligação governamental de Najib Razak nas eleições de 9 de maio de 2018, na primeira mudança de poder desde que a Malásia conquistou a independência do Reino Unido em 1957. Najib Razak chefiava o Governo malaio desde 2009.

Esta manhã, um numeroso grupo de apoiantes de Najib esperava a chegada do ex-primeiro-ministro ao tribunal. A maioria envergava roupa vermelha, cor do partido Organização Nacional Unida Malaia (UMNO, na sigla em inglês).

Numa mensagem publicada na rede social Facebook, na segunda-feira, o ex-primeiro-ministro, que sempre negou qualquer culpa neste caso, afirmou estar pronto para o veredito.

"Quero justiça. Quero restabelecer a minha reputação", escreveu Najib Razak, acrescentando que iria recorrer em caso de uma decisão desfavorável.

O antigo dirigente está no centro de três processos distintos ligados ao fundo 1MDB.

O segundo julgamento vai concentrar-se no alegado abuso de poder e no branqueamento de 2,3 mil milhões de ringgits (cerca de 500 milhões de euros).

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