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Opositor russo está em prisão preventiva até 15 de fevereiro. Mais de 3.400 pessoas foram detidas em todo o país pelas forças de segurança, muitas vezes com recurso à violência.
A mulher de Alexei Navalny está entre as mais de 3.400 pessoas detidas hoje nas manifestações que ocorrem em toda a Rússia em apoio ao opositor russo, que está em prisão preventiva até, pelo menos, 15 de fevereiro.
Rússia. Protestos NavalnyGetty Images
Yulia Navalnaya anunciou que foi detida hoje pela polícia em Moscovo, durante a manifestação em apoio ao seu marido.
"Desculpem a má qualidade [da foto], a luz é má na carrinha celular", escreveu na sua conta na rede social Instagram, publicando uma ‘selfie’ tirada numa viatura policial.
A polícia russa deteve mais de 3.400 pessoas nos protestos de hoje em mais de 80 cidades exigindo a libertação do opositor Alexei Navalny, segundo o OVD-Info, um grupo não governamental que contabiliza detenções por motivos políticos.
Em Moscovo, a agência de notícias AFP estimou em 15 mil o número de manifestantes que se juntou na Praça Pushkin e noticiou que houve confrontos com a polícia, dos quais resultaram várias detenções, entre as quais as da mulher de Alexei Navalny.
Também hoje, o chefe da diplomacia europeia anunciou que os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia vão reunir-se na segunda-feira para "ponderar as medidas" para pressionar a Rússia a libertar o líder da oposição.
"Discutiremos os próximos passos com os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia na segunda-feira; a UE apela à libertação do senhor Navalny e esta reunião deve começar a ponderar as medidas a tomar para apoiar esta exigência", escreveu o Alto Representante para a Política Externa europeia, Josep Borrell, numa mensagem no Twitter, na qual criticou as "detenções em massa" na Rússia.
As manifestações de hoje foram convocadas para dezenas de cidades russas depois da detenção de Alexei Navalny quando regressou à Rússia, na semana passada, algumas delas com os protestantes a enfrentarem temperaturas de -50 graus.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia exigiu explicações da embaixada norte-americana, que terá publicado o itinerário das manifestações.
"Do que se trata, é para influenciar ou dar instruções aos manifestantes?", perguntou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, no Facebook, acrescentando que "os colegas americanos terão de vir explicar-se à Praça Smolenskaya", a sede da diplomacia russa.
Os protestos estenderam-se a todo o território da Rússia, desde a ilha de Yuzhno-Sakhalinsk, a norte do Japão, até à cidade siberiana de Yakutsk, onde as temperaturas rondavam hoje os -50 graus, passando pelas mais populosas cidades russas europeias.
Segundo a AFP, a dispersão dos protestos por todo o território mostra o apoio ao candidato opositor e à sua campanha contra a corrupção, que conseguiu criar uma extensa rede apesar da repressão do governo e de ser repetidamente ignorado pelos órgãos de comunicação estatal.
As autoridades russas já haviam alertado nos últimos dias, através da polícia e do Ministério Público, que tomariam medidas contra os participantes nas manifestações não autorizadas.
Na quinta-feira, as autoridades russas iniciaram uma campanha de assédio contra ativistas e principais colaboradores de Navalny para tentar impedir os protestos de hoje com a prisão de vários deles, como a sua porta-voz, Kira Yarmish, que irá cumprir nove dias de prisão.
Cartazes com frases "Liberdade" e gritos como "Putin, ladrão!" ou "Nós somos o poder!" foram ouvidas hoje em todo o país nas manifestações a favor do líder da oposição.
Alexei Navalny foi detido ao voltar à Rússia no dia 17 de janeiro — depois de cinco meses de convalescença na Alemanha devido a um envenenamento —, acusado de violar as medidas de controlo judicial, por sair do país quando estava em liberdade condicional relacionada com outro processo na justiça russa.
Navalny vai permanecer em prisão preventiva até, pelo menos, 15 de fevereiro.
Vários instituições e países já apelaram à libertação imediata do opositor russo.
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