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Primeiras eleições às quais já não concorre José Eduardo dos Santos, líder do partido e presidente desde 1979
O MPLA traçou, no arranque da campanha eleitoral, o objectivo de atingir uma "vitória qualificada" nas eleições gerais angolanas de 23 de Agosto, às quais já não concorre José Eduardo dos Santos, líder do partido e presidente desde 1979.
A posição está expressa numa declaração oficial do Bureau Político do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) sobre o início da campanha eleitoral, que se vai prolongar até 21 de Agosto, e antecede o primeiro acto formal com o cabeça-de-lista do partido, general João Lourenço, um comício agendado para 25 de Julho, na cidade do Huambo.
Na mesma declaração, enviada à agênciaLusa, o partido, no poder em Angola desde 1975, afirma que "uma vez mais, o povo angolano vai mostrar a África e ao mundo a sua maturidade e responsabilidade política", dando às eleições gerais que se realizam dentro de 30 dias "a real dimensão que o processo democrático da República de Angola merece".
"O MPLA vai fazer da sua campanha eleitoral um momento de festa, de elevado sentido patriótico e democrático, alicerçada nas suas propostas para o quinquénio 2017-2022 e com respeito à diferença e ao próximo", sublinha a declaração do Bureau Político.
Exorta ainda os "militantes, simpatizantes e amigos" do MPLA a que, no dia das eleições, "compareçam massivamente e sejam os primeiros a marcar presença nas assembleias de voto", de forma a "garantir a vitória qualificada" do partido e do seu candidato, João Lourenço, que, como cabeça-de-lista, concorre à eleição, por via indirecta, para o cargo de Presidente da República.
Recordando tratar-se da quarta vez, na história multipartidária de Angola, que os eleitores são chamados a votar, o partido presidido por José Eduardo dos Santos insiste que "o voto de cada angolano é importante, constituindo um direito inalienável de cada cidadão eleitor, que deve ser exercido de forma livre e secreta, sem qualquer constrangimento".
"Aos cidadãos eleitores e ao povo angolano em geral, o MPLA reitera a sua disposição de continuar a trabalhar, no sentido de eliminar a fome, de reduzir substancialmente a pobreza e de conduzir o país para o desenvolvimento e o bem-estar, melhorando o que está bem e corrigindo o que está mal.
As duas principais forças de oposição angolana, União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) e Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), anteciparam o arranque da campanha eleitoral e realizaram no sábado, respectivamente em Luanda e no Lubango, comícios que juntaram milhares de pessoas.
O arranque da campanha da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) vai decorrer no Bié e a da Aliança Patriótica Nacional (APN) no Uíge.
Angola contará com 9.317.294 de eleitores nas eleições gerais de Agosto, segundo os dados oficiais da Comissão Nacional Eleitoral angolana.
A Constituição angolana aprovada em 2010 prevê a realização de eleições gerais a cada cinco anos, elegendo 130 deputados pelo círculo nacional e mais cinco deputados pelos círculos eleitorais de cada uma das 18 províncias do país (total de 90).
O cabeça-de-lista pelo círculo nacional do partido ou coligação de partidos mais votado é automaticamente eleito Presidente da República e chefe do executivo.
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