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Morreu Lyudmila Alexeyeva, a mais antiga activista dos direitos humanos russa

Alexeyeva ganhou, em 2004, o Prémio Olof Palme e, em 2009, o Prémio Sakharov, tendo sido "nomeada", em 2012 e 2013, para o Prémio Nobel da Paz. Mais recentemente, em 2015, recebeu o Prémio Václav Havel de Direitos Humanos.

A mais antiga ativista dos direitos humanos russa e ex-dissidente soviética Lyudmila Alexeyeva morreu este sábado, num hospital em Moscovo, aos 91 anos.

O anúncio foi feito em comunicado pelo presidente do Conselho Consultivo para os Direitos do Homem no Kremlin, Mikhaïl Fedotov.

O presidente russo, Vladimir Putin, transmitiu as condolências à família de Lyudmila Alexeyeva e enalteceu, através do seu porta-voz, a sua contribuição para a sociedade civil e a "defesa enérgica dos seus princípios".

Lyudmila Alexeyeva foi um dos membros fundadores do Grupo de Helsínquia de Moscovo, criado para fiscalizar o cumprimento pela União Soviética dos Acordos de Helsínquia de 1975.

Na Acta Final de Helsínquia, assinada na capital finlandesa, por 35 estados, incluindo Portugal e a União Soviética, comprometeram-se a melhorar as relações entre o Ocidente e os países comunistas.

Alexeyeva ganhou, em 2004, o Prémio Olof Palme e, em 2009, o Prémio Sakharov, tendo sido "nomeada", em 2012 e 2013, para o Prémio Nobel da Paz. Mais recentemente, em 2015, recebeu o Prémio Václav Havel de Direitos Humanos.

Natural da Crimeia (região disputada pela Rússia e Ucrânia), Lyudmila Alexeyeva escreveu várias petições em defesa dos presos políticos e em protesto contra a invasão soviética da Checoslováquia em 1968, o que lhe custou a expulsão do Partido Comunista.

Perante a ameaça de detenção, emigrou em 1977 para os Estados Unidos, regressando ao seu país de origem em 1993, dois anos depois da queda da União Soviética.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.