Sábado – Pense por si

Morreu Dick Cheney, ex-vice-presidente dos EUA

Ana Bela Ferreira
Ana Bela Ferreira 04 de novembro de 2025 às 11:27
As mais lidas

Cheney era conhecido como o arquiteto da "guerra ao terror". Tinha 84 anos.

Dick Cheney, antigo vice-presidente dos EUA durante o mandato de George W. Bush, morreu aos 84 anos, avança a CNN citando um comunicado da família. Ao que tudo indica, na sequência de complicações de uma pneumonia e doença cardíaca. Cheney ocupou o segundo cargo na hierarquia de estado dos EUA, entre 2001 e 2009, era conhecido como o arquiteto da "guerra ao terror", o conflito que se seguiu ao 11 de Setembro e levou às intervenções no Afeganistão e Iraque.

Morreu Dick Cheney, ex-vice-presidente dos EUA, aos 84 anos
Morreu Dick Cheney, ex-vice-presidente dos EUA, aos 84 anos AP Photo/Jae C. Hong, File

Pelo papel que desempenhou nesses conflitos, ficou também conhecido por ser o mais poderoso vice-presidente dos EUA da era moderna. Apesar de ser um republicano de linha dura, nos últimos anos distanciou-se do partido por ser um crítico do atual presidente, Donald Trump. Chegou mesmo a apoiar a candidata democrata das últimas presidenciais, Kamala Harris. Para si Trump era um "cobarde" e a maior ameaça de sempre à república.

Na maior parte da sua vida adulta sofreu de doença cardíaca, tendo sobrevivido a uma série de ataques de coração, que culminou num transplante em 2012. 

Antes de ser vice-presidente, foi representante do estado do Wyoming, chefe de gabinete da Casa Branca e secretário da Defesa. 

Estava na Casa Branca, sem o presidente, quando aconteceram os ataques de 11 de Setembro. Quando o segundo avião colidiu com as Torres Gémeas, Cheney soube que se tratava de um ataque. "Naquele momento, sabias que era uma ação deliberada. Este era um ataque terrorista recordou numa entrevista em 2002. Nos anos seguintes admitiu que os ataques o tinham deixado com um sentido de responsabilidade esmagador para que tal não voltasse a acontecer.

Mais tarde quando se soube que a informação que levou à guerra no Iraque - de que o regime de Saddam Hussein teria armas de destruição massiva e estava ligado à Al-Qaeda - defendeu que as decisões foram tomadas tendo em conta "a melhor informação de inteligência" disponível na época. Recusando que essas informações pudessem ter sido fabricadas ou falsas.

Salazar ainda vai ter de esperar

O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.