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Merkel critica Portugal e a entrada de turistas britânicos: "Situação podia ter sido evitada"

A chanceler alemã acredita que a subida de novos casos de covid-19, principalmente na Área Metropolitana de Lisboa, está associada à entrada de turistas britânicos em Portugal, numa altura em que a variante Delta já circulava em força no Reino Unido.

A chanceler alemã Angela Merkel teceu duras críticas à forma como o Governo português permitiu a entrada de turistas britânicos no território nacional, numa altura em que a variante Delta já circulava em força - principalmente no Reino Unido. Para a líder alemã, a recente subida de casos de covid-19, principalmente na Área Metropolitana de Lisboa, está associada a esta "falha".

Chanceler alemã, Angela Merkel
Chanceler alemã, Angela Merkel

"Agora temos uma situação em Portugal que talvez pudesse ter sido evitada e é por isso que temos que trabalhar ainda mais arduamente nesta situação", disse Merkel, numa conferência de imprensa conjunta com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. Os comentários foram citados pelo Politico

Merkel acrescentou que lamenta o facto de "ainda não termos conseguido um comportamento uniforme entre os Estados-membros [da União Europeia] em termos de restrições de viagens. Isto é um tiro pela culatra". "Fizemos um progresso muito bom nos últimos meses, mas ainda não estamos onde gostaria que a União Europeia estivesse", conclui.

Hoje, o Boletim diário da Direção Geral da Saúde dá conta de mais 1.020 casos de infeção confirmados em todo o país. Os números diários mais recentes elevam a média móvel a sete dias para 1.111,6 casos, o que corresponde ao maior valor desde 7 de fevereiro.

Foram ainda identificadas seis mortes atribuídas à doença, todas na região de Lisboa e Vale do Tejo. Desde 20 de abril que o país não registava tantas mortes numa semana: foram 25 ao longo dos últimos 7 dias.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.