Na quinta-feira, o Governo israelita advertiu que reagiria "de forma enérgica" se a Síria não proteger a população drusa, em referência a recentes confrontos que provocaram mais de 100 mortos perto de Damasco.
O exército de Israel anunciou esta sexta-feira, 02, que bombardeou a zona do palácio presidencial da Síria, na capital Damasco, um dia depois de ameaçar o Governo sírio com represálias caso não protegesse a minoria drusa.
"Aviões de guerra atingiram a área em redor do Palácio" do Povo, escreveram as Forças de Defesa de Israel, na plataforma de mensagens Telegram, sem revelar mais pormenores.
Também o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Israel Katz, confirmaram o ataque.
"Esta é uma mensagem clara ao regime sírio: não permitiremos o envio de forças para o sul de Damasco ou qualquer ameaça à comunidade drusa", afirmaram, numa declaração conjunta, citada pelo jornal The Times of Israel.
Meios de comunicação pró-governamentais sírios disseram que o ataque ocorreu perto da residência oficial do novo líder, Ahmad al-Chareh, numa colina com vista para a cidade.
Na quinta-feira, o Governo israelita advertiu que reagiria "de forma enérgica" se a Síria não proteger a população drusa, em referência a recentes confrontos que provocaram mais de 100 mortos perto de Damasco.
"Se os ataques contra os drusos recomeçarem e o regime sírio não os impedir, Israel responderá energeticamente", afirmou o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, em comunicado.
Os confrontos entre combatentes drusos e grupos armados ligados ao Governo sírio acontecem quase cinco meses após o derrube do regime do Presidente Bashar al-Assad por uma coligação de grupos rebeldes islâmicos.
Na quarta-feira, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) dava conta que tinham morrido mais de 70 pessoas apenas em dois dias de violência sectária na Síria, que ocorreram naquela zona na terça e quarta-feira. Na quinta-feira, o mesmo observatório atualizou o número de mortos para 101.
O líder religioso druso na Síria descreveu o ocorrido como uma "campanha genocida injustificada" contra a comunidade, tendo apelado à "intervenção imediata das forças internacionais de manutenção da paz".
Por seu lado, o Governo sírio rejeitou os apelos à "proteção internacional" de grupos que descreve como "fora da lei".
As novas autoridades derrubaram o regime do Presidente Bashar al-Assad em dezembro de 2024, após uma guerra civil iniciada em 2011.
Os drusos, uma comunidade esotérica descendente de um ramo do Islão, são vistos com desconfiança pela corrente sunita extremista de que provêm as novas autoridades da Síria.
Representam cerca de 3% da população síria e vivem principalmente no sul, nomeadamente na província de As-Suwayda, perto de Israel, mas também em bolsas no noroeste e perto da capital, Damasco.
Os drusos, cujo número é calculado em cerca de 700 mil, concentraram-se sobretudo na proteção dos seus territórios e evitaram em grande medida o recrutamento forçado para o exército sírio.
Além da Síria, incluindo os Montes Golã sob ocupação israelita, a comunidade drusa vive sobretudo no Líbano e em Israel.
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