Três meses depois da queda de Bashar al-Assad, Abu Mohammad al-Julani continua as tentativas para unificar um país profundamente marcado pela guerra civil, no entanto não tem sido um processo simples.
Confrontos entre as forças alinhadas com a nova administração síria e combatentes leais ao líder sírio deposto, Basharal-Assad, eclodiram na região de Jableh, zona costeira da Síria. Um ataque mortal e bem planeado contra as forças do novo governo levou à morte de pelo menos 16 pessoas e foi o maior ato de violência desde que Abu Mohammad al-Julani assumiu a liderança do governo.
REUTERS/Firas Makdesi
Os combates acabaram com pelo menos 16 mortos, segundo o Observatório Sírio para os Dirieitos humanos. O chefe de segurança regional referiu ainda que muitos membros das forças de segurança ficaram feridos durante um ataque das "remanescentes milícias de Assad".
O observatório considerou também que estes foram "os ataques mais violentos contra as novas autoridades desde que Assad foi derrubado".
Jableh é considerada um dos focos de apoio a Bashar al-Assad, uma vez que é o coração do grupo minoritário alauíta à qual a família de Assad pertencia, e desde que o presidente foi deposto, no início de dezembro de 2024, tem sido o centro das tensões devido ao descontentamento da população com a mudança de regime, que até hoje não está clara.
Três meses depois dos insurgentes islâmicos, com ligações à Hayat Tahrir al-Sham (fação da Al-Qearda na Síria), terem assumido o poder continuam as tentativas para unificar um país profundamente marcado pela guerra civil, que durou treze anos, no entanto não tem sido um processo simples, apesar do aparente otimismo dos países ocidentais.
A nível interno as tensões tem se mantido sobretudo na região costeira montanhosa, onde o as milícias alinhas com Assad se têm conseguido reagrupar. O ataque desta quinta-feira envolveu várias milícias que atacaram as patrulhas de segurança e postos de controlo na área de Jableh.
O chefe de segurança da província de Latakia referiu que o ataque "resultou na queda de muitos mártires e feridos entre as nossas forças" e avançou ainda que alguns de os ataques aconteceram dentro da cidade. No início desta semana, dois membros do Ministério da Defesa foram mortos no centro da cidade pelo que meios de comunicação estatais têm identificado como membros remanescentes de milícias pró-Assad.
O Ministério da Defesa também já referiu que as operações das forças de segurança na região têm como objetivo perseguir grupos armados, incluindo criminosos de guerra conhecidos e próximos de um importante ex-oficial do exército sírio.
Na cidade de Tartous, próxima de Jableh, foi decretado um toque de recolher devido ao aumento dos protestos contra o governo provisório.
Também na zona sudoeste do país tem sido possível verificar o aumento da violência e, entre terça e quarta-feira, foram mortas cerca de uma dúzia de pessoas na cidade de al-Sanamayn.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.