Novo speaker passou por quatro dias de votações e agradeceu a Donald Trump no seu primeiro discurso.
O republicano Kevin McCarthy foi eleito esta madrugada líder da Câmara dos Representantes do Congrasso dos Estados Unidos, superando as resistências nas fileiras do próprio partido.
REUTERS/Jon Cherry
Depois de quatro dias de votações, McCarthy conseguiu convencer mais de uma dúzia de conservadores, já depois de à 14.ª tentativa, na noite de sexta-feira, ter falhado a eleição por apenas um voto.
McCarthy teve de ceder a algumas exigências, entre elas o restabelecimento de uma regra de longa data da câmara baixa do Congresso que permite a qualquer membro pedir uma votação para o expulsar do cargo, o que pode fazer do republicano um líder já enfraquecido, não só por ter cedido alguns poderes, mas sobretudo pela constante ameaça de ser afastado pelos detratores.
Eleger um orador é normalmente uma tarefa fácil para um partido que acaba de ganhar o controlo da maioria. Mas não desta vez: Cerca de 200 republicanos foram impedidos por outros 20 colegas que afirmavam que Kevin McCarthy não é suficientemente conservador.
O líder da Câmara dos Representantes é a terceira maior autoridade do país, depois do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e da vice-Presidente, Kamala Harris, que também preside ao Senado.
Kevin McCarthy desafiou os Democratas no discurso de abertura do Congresso e garantiu empenho em conseguir "um equilíbrio" com as políticas do Presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden.
"Não há nada mais importante do que tornar possível às famílias americanas viver e desfrutar das vidas que merecem, e é por isso que estamos empenhados em acabar com o desperdício de Washington para baixar o preço dos alimentos, gás, habitação e acabar com o aumento da dívida nacional", afirmou o ‘speaker’ da Câmara dos Representantes.
Perante as dificuldades para conseguir os votos suficientes no interior do próprio partido, face à resistência de um grupo de republicanos mais conservadores, McCarthy frisou que "está na hora" de supervisionar a agenda da Casa Branca, apontando como prioridades a imigração, a política energética e "a doutrinação progressista nas escolas", já depois de Biden ter expressado em comunicado a sua vontade de colaborar.
"Temos de assegurar a fronteira, não mais ignorando uma crise de segurança e soberania", observou o líder da Câmara dos Representantes, que reiterou a expectativa de aprovar iniciativas legislativas para enfrentar "a fronteira sul aberta".
McCarthy destacou também dois "desafios a longo prazo" na Câmara: a dívida e a ascensão do Partido Comunista Chinês.
"O Congresso deve falar a uma só voz sobre estas duas questões", disse o líder da maioria republicana, sublinhando que pretende criar um comité bipartidário sobre a China "para investigar como trazer centenas de milhares de empregos deslocados" de volta para os EUA.
E embora tenha manifestado a sua vontade de "trabalhar com todos", o dirigente republicano aludiu ao trabalho do comité legislativo apoiado pelos Democratas que investigou o ataque ao Capitólio há dois anos e o papel desempenhado pelo ex-presidente Donald Trump.
"Acabaram-se as investigações unilaterais, as ideias concorrentes serão testadas perante o público para que ganhem as melhores", advertiu.
Os membros da Câmara dos Representantes, incluindo Kevin McCarthy, prestaram juramento esta madrugada após dias de caos político, embora não tenham aprovado as regras que irão reger o funcionamento da câmara baixa, uma vez que decidiram suspender a sessão até segunda-feira.
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