A comissão dos Assuntos Jurídicos (JURI), responsável por avaliar os potenciais conflitos dos comissários indigitados para a nova Comissão Europeia, não ficou convencida com a primeira declaração de interesses que Maria Luís Albuquerque enviou aos eurodeputados, avança o semanário Expresso.

A JURI enviou uma carta à antiga ministra a perguntar se confirma que, de facto, não tem interesses financeiros a declarar, já que Maria Luís Albuquerque afirmou que nem ela nem o marido têm qualquer montante ou investimento - ações, ativos ou obrigações - a declarar.

Elisa Ferreira, há cinco anos, declarou que tinha ações da Sonae, e acabou a vendê-las depois de suscitarem questões dos eurodeputados.

Mais de uma dezena dos candidatos a futuros comissários não declarou qualquer interesse financeiro. Dos 26 comissários indigitados, só três não receberam uma carta com as dúvidas da JURI, de acomrdo com o semanário.

Quanto aos bens imóveis, Maria Luís declara uma casa em Cascais, que descreve como a "casa de família", associada a um crédito a habitação ainda a decorrer, ainda que as regras não obriguem a declarar os imóveis em que os comissários ou a família vivem.

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