Sábado – Pense por si

Manifestações na Europa de apoio aos refugiados

Londres, Atenas, Viana, Barcelona, Amesterdão e numerosas cidades suíças foram alguns dos locais onde milhares de pessoas expressaram o seu apoio aos refugiados. "Abram as fronteiras" foi uma das frases mais ouvidas

Milhares de pessoas manifestaram, este sábado, o seu apoio aos migrantes em várias cidades europeias na sequência de um acordo entre a União Europeia e a Turquia para conter a mais grave crise migratória no continente desde a Segunda Guerra Mundial.

 

As manifestações concentraram-se em Londres, Atenas, Viana, Barcelona, Amesterdão e em numerosas cidades suíças, segundo os jornalistas da AFP no local.

 

O acordo prevê o regresso à Turquia de todos os novos migrantes que cheguem no domingo à Grécia, mesmo os requerentes de asilo, como os sírios que fogem da guerra.

 

Face aos protestos dos defensores dos refugiados, a União Europeia prometeu que cada requerente de asilo terá direito a uma análise individual do seu pedido.

Miles de personas se manifiestan en Barcelona contra la política europea de refugiados https://t.co/iQapSQC1qI pic.twitter.com/198jUffgrS

 

Cerca de 4.000 pessoas manifestaram-se em Londres, gritando slogans como "os refugiados são bem-vindos aqui".

 

"Estou aqui em apoio e por solidariedade com os migrantes e refugiados da Síria, país que mergulhou numa crise para a qual o ocidente em grande parte contribuiu", afirmou Callum Nash, designer da Internet.

 

Cerca de 1.500 pessoas, segundo a polícia, perto de 3.000, segundo a comunicação social, manifestaram-se em Atenas, onde muitos dos refugiados afegãos, em particular mulheres e crianças, vivem em centros de acolhimento localizados na capital grega.

 

"Abram as fronteiras", "Somos humanos, temos direitos", gritavam os manifestantes, em resposta ao apelo de organizações de esquerda e anti-racistas e que desfilaram até à sede da Comissão Europeia. 

Ajuizando

Naufrágio da civilização

"O afundamento deles não começou no Canal; começou quando deixaram as suas casas. Talvez até tenha começado no dia em que se lhes meteu na cabeça a ideia de que tudo seria melhor noutro lugar, quando começaram a querer supermercados e abonos de família".