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Mais de 200 mortos em sismo no México

20 de setembro de 2017 às 07:41
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Protecção civil mexicana fala em pelo menos 248 mortos, incluindo 21 crianças que morreram após o edifício de uma escola colapsar

As autoridades mexicanas actualizaram para 248 o número de vítimas mortais do sismo registado em vários estados do país na terça-feira, quando prosseguem as operações de socorro nas zonas afectadas.

Os dados foram avançados pela Protecção Civil mexicana, numa altura em que as equipas de socorro continuam as buscas nos escombros de vários edifícios que ruíram devido ao sismo de magnitude 7,1, registado às 13h14 locais de terça-feira (19h14 em Lisboa).

#BREAKING Death toll in Mexico quake rises to 248: authorities

O coordenador da Protecção Civil mexicana, Luis Felipe Puente pediu à população para se manter alerta face à possibilidade de réplicas.

Entre os mortos estão pelo menos 21 crianças que perderam a vida quando uma escola ruiu, na sequência do sismo. Citado pela agência France Presse, o presidente mexicano Enrique Pena Nieto, que visitou a escola ao final do dia de terça-feira, adiantou que outras 20 crianças estão desaparecidas^.

"Temos um número de 25 (mortos), incluindo 21 crianças" na escola primária Enrique Rebsamen, disse à estação de televisão Televisa Javier Treviño, subsecretária de Estado da Educação, citada pela agência noticiosa France Presse (AFP).

Já a agência Associated Press (AP) noticiou que o Presidente do México disse que 22 cadáveres foram recuperados de uma escola que ruiu na capital e que 38 pessoas continuavam desaparecidas.

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Além disso, num comunicação ao país, o Presidente mexicano lamentou as mortes e garantiu que a prioridade é encontrar sobreviventes debaixo dos escombros.

Vídeos divulgados nas redes sociais mostram a violência do terramoto, a queda de edifícios e mesmo uma forte explosão num imóvel.

O sismo fez ruir dezenas de edifícios na cidade, provocando fugas de gás nas ruas e um forte odor a gás que afetou os cidadãos que se apressaram a ajudar as equipas de resgate, com cordas, roupas e água.

As pessoas juntaram-se perto dos edifícios desmoronados, cobrindo os rostos com as mãos devido ao cheiro a gás, enquanto procuravam informações sobre os seus familiares presos nos escombros e eram avisadas pelas autoridades para não fumarem por causa das fugas de gás.

As autoridades cortaram as ruas e helicópteros ajudavam a coordenar o trabalho das autoridades mexicanas que se encaminhavam para os locais destruídos pelo sismo.

Os soldados e fuzileiros integram os trabalhos de busca apoiados também por cidadãos voluntários, juntamente com os serviços de emergência. Dada a dimensão da catástrofe, o governo mexicano ordenou aos hospitais públicos e privados para receberem os feridos e serviços de transporte públicos grátis.

O sismo causou numerosos cortes no serviço eléctrico, afectando 3,8 milhões de pessoas, e fugas de gás, interrompendo também o serviço de telecomunicações.

As actividades escolares foram suspensas até novo aviso na Cidade do México e nos estados do México, Guerrero Hidalgo, Morelos, Puebla, Veracruz e Tlaxcala.

O sismo coincidiu com o 32.º aniversário do forte sismo que provocou milhares de mortos em 1985 e foi registado apenas duas horas depois de um simulacro de um terramoto em todo o país.

Na semana passada, a 7 de setembro, outro sismo, de magnitude 8,2, o mais forte desde 1932, causou 98 mortos no sul do país: 78 em Oaxaca, 16 em Chiapas e quatro em Tabasco.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.