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Ato simbólico lembrou as 16 crianças atingidas por balas perdidas este ano, em confrontos entre polícias e grupos criminosos naquela região.
Mães de crianças mortas e feridas por balas perdidas no Rio de Janeiro protestaram esta quinta-feira em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo daquele Estado brasileiro, expondo 16 camisolas de fardas escolares com manchas vermelhas, alusivas a sangue.
De acordo com a imprensa local, o ato simbólico lembrou as 16 crianças atingidas por balas perdidas este ano, em confrontos entre polícias e grupos criminosos naquela região.
Uma das faixas usadas no protesto continha as palavras "Responde Witzel", exigindo ação do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que desde que assumiu o cargo em janeiro, adotou uma forte retórica de combate ao crime, baseada no uso da violência.
Uma menina de 8 anos foi morta na passada sexta-feira por uma bala perdida, durante um tiroteio com a polícia numa favela do Rio de Janeiro, o que gerou vários protestos da população.
Agatha Sales Félix foi atingida com uma bala nas costas quando estava numa carrinha na favela do Complexo do Alemão.
Na terça-feira, uma outra menina, de 11 anos, foi atingida por uma bala no morro da Mineira, na região central do Rio de Janeiro. Vitória Ferreira da Costa foi atingida na perna e sobreviveu.
Na segunda-feira, Wilson Witzel comentou a morte da criança de 8 anos, em declarações à imprensa, afirmando que tem alcançado "resultados satisfatórios" no combate ao crime e que não será a morte daquela a fazer parar o seu projeto contra a criminalidade.
"Eu sou pai, eu tenho os meus filhos em casa, eu olho para eles deitados na cama e penso: ‘amanhã, aquela mãe não vai ter o filho deitado na cama, para poder olhar, para poder acariciar’. (…) Eu sou uma pessoa de sentimento. (...) Agora, não é porque nós temos um facto terrível como esse que vamos parar o Estado", frisou o governador.
No dia seguinte, o governador do Rio de Janeiro alterou as regras para concessão de prémios salariais a polícias por redução dos indicadores de criminalidade no Estado, retirando a diminuição de mortes em serviço das metas a serem atingidas.
Os prémios monetários eram pagos semestralmente e, no caso das mortes cometidas por agentes policiais do estado, recebiam o bónus as unidades que alcançassem a redução do número de ocorrências.
"Com a mudança anunciada hoje [terça-feira], matar mais ou menos deixa de ser um fator a ser considerado pelo agente na conta da possível gratificação", afirmou ao Globo Robson Rodrigues, especialista em segurança pública e ex-chefe do Estado-Maior da Polícia Militar.
"É um retrocesso lamentável, já que o formato antigo do sistema exigia mais profissionalismo da polícia. A mudança é um mau sinal. Na prática, a redução das mortes cometidas por agentes deixa de ser um objetivo almejado pela polícia", acrescentou ainda Robson Rodrigues.
Após a entrada de Wilson Witzel no poder estadual, o número de pessoas mortas pela polícia aumentou significativamente em comparação com anos anteriores.
Entre janeiro e agosto, 1.249 pessoas foram mortas por intervenção policial, de acordo com Instituto de Segurança Pública.
Mães de crianças vítimas de balas perdidas no Rio de Janeiro protestam contra violência
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