Violetta Prigozhina, de 83 anos, contestou com sucesso as sanções da União Europeia após a invasão russa à Ucrânia. Bruxelas estuda as implicações da decisão.
A mãe de Yevgeny Prigozhin, fundador do grupo de mercenários Wagner, venceu esta quarta-feira uma ação legal com vista a anular as sanções da União Europeia contra si, depois de um tribunal ter concluído que não existem provas de que Violetta Prigozhina tem qualquer responsabilidade pelas ações do seu filho.
Concord Press Service/via REUTERS
Assim Violetta Prigozhina, de 83 anos, tornou-se um caso raro de uma pessoa com ligações familiares que contestou, com sucesso, as sanções da União Europeia após a invasão russa à Ucrânia. Até ao momento a União já impôs medidas a cerca de 1.700 pessoas e entidades.
Esta decisão ocorreu depois de o líder do grupo Wagner ter reivindicado os novos avanços do grupo mercenário na cidade ucraniana de Bakhmut, na região do Donetsk.
Yevgeny Prigozhin é um dos principais rostos da guerra na Ucrânia, recrutando milhares de prisioneiros russos para as linhas da frente e mantendo uma comunicação agressiva. Atualmente o grupo Wagner parece já nem estar de acordo com a liderança russa, uma vez que se tem queixado abertamente sobre da falta de alimentos e munições na frente de batalha.
O Tribunal Geral, o segundo tribunal mais importante da União Europeia, concluiu que a UE falhou em fornecer evidências de que Violetta Prigozhina exerça um papel nas ações de Yevgeny Prigozhin e que a inclusão da mesma na lista de sanções foi "apenas baseada no relacionamento familiar entre os dois".
Violetta Prigozhina defendeu que é impossível "inferir legitimamente que as ligações que tem com o seu filho podem ter contribuído para comprometer a integridade territorial da Ucrânia".
Ainda assim, um porta-voz da União Europeia já deixou claro que a decisão do tribunal apenas diz respeito às sanções aprovadas a 23 de fevereiro de 2022, o que significa que Violetta Prigozhina continua sujeita ao congelamento de ativos e à proibição de viagens que foram renovada seis meses depois.
O porta-voz da Comissão Europeia, Peter Stano, indicou ao site Politico que a decisão está a ser analisada, com vista a entender as suas implicações legais e práticas.
Ao tomar conhecimento da decisão, Yevgeny Prigozhin referiu que a sua mãe levou a cabo a ação judicial sozinha e que não pretendia contestar as sanções contra si nem contra o grupo Wagner: "Não pretendo desafiá-los e acredito que neste momento são impostas com plena justificação".
A União Europeia tem adicionado à "lista negra" das sanções vários familiares de importantes autoridades e empresários considerados responsáveis pela invasão à Ucrânia defendendo que os parentes ajudam a proteger bens de sanções.
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