Presidente da Venezuela criticou as "brutais medidas económicas neoliberais" aplicadas pelos EUA e pelo Fundo Monetário Internacional.
O presidente venezuelano,Nicólas Maduro, denunciou esta sexta-feira as "brutais medidas económicas neoliberais" aplicadas pelos EUA e peloFundo Monetário Internacional(FMI) e descreveu as "agressões económico-financeiras" de algumas potências mundiais como "tão letais quanto as dos seus exércitos".
No seu discurso na 18.ª conferência do Movimento dos Países Não Alinhados (MNA), que reúne 115 nações em desenvolvimento, Nicolás Maduro afirmou que as novas estratégias de guerra internacional de alguns países e instituições são "agressões económicas" contra os "setores mais vulneráveis" da população, como crianças, mulheres e idosos.
"O nosso movimento tem de encontrar uma alternativa ao modelo desumano e exclusivo que gera miséria e sofrimento aos nossos povos", apelou Maduro aos chefes de Estado e de Governo presentes na conferência.
O presidente daVenezuelaapontou que as "guerras económicas" são promovidas "pelas potências imperiais (...) com cortes nos salários e nas pensões e com aumentos brutais das taxas de serviço público e a restrição do direito à educação e à saúde".
"Trata-se de pacotes que promovem uma violação massiva da soberania dos nossos povos e dos direitos humanos", descreveu Maduro, que se encontrou à margem da conferência com o Presidente do Irão, Hassan Rohani, para "consolidar laços de cooperação, irmandade e amizade" bilaterais.
Na cimeira, que começou hoje em Baku, capital do Azerbaijão, o também presidente do MNA considerou que, quando "os governos populares, fiéis e leais aos seus povos, decidem colocar (...) a ênfase no homem, então os impérios decadentes impõem bloqueios atrozes, violações do direito internacional e agressões contra o nosso povo".
Segundo Maduro, a Venezuela "está a superar a guerra económica multiforme", afirmando que o futuro reserva "crescimento, recuperação e prosperidade", em referência às sanções económicas impostas por Washington contra o seu Governo.
O líder venezuelano quer responder "a essas violações flagrantes da Carta da ONU e das normas do direito internacional", que incluem "crimes de agressão por guerras jurídicas e económicas, bem como a promulgação e implementação ilegal de medidas coercivas unilaterais, aplicadas como instrumento de pressão política e chantagem, como punição coletiva, afetando o bem-estar de mais de um terço da população".
Nicolás Maduro criticou ainda a "crise complexa" do sistema multilateral global, que se manifesta através de "intervenções militares, imposição de políticas de mudança de regime, golpes de Estado, campanhas de desinformação dos 'media' e operações secretas, destinadas a desestabilizar membros políticos, económicos e financeiros" do MNA.
Como motivos dessa crise, o líder venezuelano apontou os "interesses geopolíticos", a "exploração dos recursos naturais" e a "imposição de modelos políticos, económicos, sociais e culturais em violação dos princípios mais elementares das relações internacionais".
Em conclusão, Maduro afirmou que o MNA é "imprescindível para alcançar a democratização" e consolidar "um novo mundo multipolar, diverso e multicultural, mas acima de tudo livre de qualquer pretensão hegemónica".
Maduro denuncia "agressões económicas" tão letais como as militares
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Chamar a este projeto de “corredor da paz” enquanto se inscreve o nome de Trump é uma jogada de comunicação que consolida a sua imagem como mediador global da paz.
Cuidarmos de nós não é um luxo ou um capricho. Nem é um assunto que serve apenas para uma próxima publicação numa rede social. É um compromisso com a própria saúde, com a qualidade das nossas relações e com o nosso papel na comunidade.
Imaginemos que Zelensky, entre a espada e a parede, aceitava ceder os territórios a troco de uma ilusão de segurança. Alguém acredita que a Rússia, depois de recompor o seu exército, ficaria saciada com a parcela da Ucrânia que lhe foi servida de bandeja?