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Lavrov considera “blasfémia” equiparar civis mortos a terroristas

16 de maio de 2018 às 18:43
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A embaixadora de Israel na Bélgica, Simona Frankel, declarou que as vítimas na Faixa de Gaza eram "terroristas", assegurando que a reacção do exército israelita não tinha sido desproporcionada.

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, considerou esta quarta-feira "uma blasfémia" equiparar a "terroristas" as dezenas de manifestantes pacíficos palestinianos mortos na Faixa de Gaza por militares israelitas.

"Não posso estar de acordo com o facto de se classificar dezenas de civis pacíficos, nomeadamente crianças, incluindo bebés, que foram mortos nesses incidentes, como terroristas. É uma declaração blasfema, destinada a evitar uma discussão séria sobre os problemas que assolam a região do Médio Oriente", declarou Lavrov em conferência de imprensa.

Na terça-feira, a embaixadora de Israel na Bélgica, Simona Frankel, declarou que as vítimas na Faixa de Gaza eram "terroristas", assegurando que a reacção do exército israelita não tinha sido desproporcionada.

As forças israelitas abateram na segunda-feira a tiro 62 manifestantes palestinianos e feriram 2.500 ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza, onde estes protestavam contra a transferência para Jerusalém da embaixada dos Estados Unidos em Israel, cuja inauguração se realizava nesse dia.

Israel justificou o uso da violência contra os manifestantes palestinianos com a necessidade de defender as suas fronteiras, que eles tentavam derrubar.

Considerando a situação em Gaza "profundamente preocupante", Lavrov acusou "grupos extremistas" de quererem "radicalizar a situação", nomeadamente "utilizando civis em manifestações que corriam o risco evidente de se transformarem em confrontos".

O chefe da diplomacia russa apelou igualmente para "um diálogo directo entre os dirigentes de Israel e da Palestina" sobre o estatuto de Jerusalém.

"Nós estamos dispostos a fornecer toda a ajuda necessária para [estabelecer] um tal diálogo", acrescentou.

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