Sábado – Pense por si

Kremlin exige à Ucrânia que mude a Constituição

Vladimir Putin apresentou o caderno de encargos para a retirada da Ucrânia. Quer que Kiev reconheça a Crimeia como território russo e exige que rejeite aliar-se a qualquer bloco, o que obriga à revisão da Constituição. Na quinta-feira, a UE discutirá o pedido de adesão da Ucrânia.

O que antes era apenas especulação agora já é uma certeza. Vladimir Putin definiu ontem as condições para terminar de "imediato" a invasão da Ucrânia e as mesmas foram verbalizadas por Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin.

Para acabar com a ofensiva, Putin exige que a Ucrânia reconheça a Crimeia como russa e Donetsk e Luhansk como estados independentes. Além disso, a Rússia exige que a Ucrânia altere a sua Constituição, rejeitando a sua adesão a qualquer bloco, caso da NATO. Peskov foi omisso em relação à União Europeia (UE), mas assegurou que a Rússia pretende uma Ucrânia neutral.

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A lagartixa e o jacaré

Dez observações sobre a greve geral

Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.

Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.