Sábado – Pense por si

Jornalista da Al-Jazeera detido e acusado de terrorismo no Egito

Mohamed Mounir, de 65 anos, foi colocado em prisão preventiva por um período de 15 dias renováveis.

O jornalista egípcio Mohamed Mounir, um 'freelancer' que trabalhou para a estação televisiva Al-Jazeera, foi detido na segunda-feira no Egito por acusações de terrorismo e divulgação de notícias falsas, anunciou hoje o Comité para a Proteção de Jornalistas (CPJ).

A detenção foi feita por polícias à paisana e aconteceu em Gizé, perto do Cairo, tendo a procuradoria-geral notificado o jornalista da existência de processos por "pertencer a um grupo terrorista, espalhar notícias falsas e uso incorreto das redes sociais", refere o CPJ em comunicado de imprensa.

Segundo a mesma fonte, que cita o advogado do jornalista, Mohamed Mounir, de 65 anos, foi colocado em prisão preventiva por um período de 15 dias renováveis.

Mounir sofre de diabetes, pressão alta e problemas cardíacos graves, de acordo com o CPJ, uma organização não governamental sediada nos Estados Unidos, que cita jornalistas egípcios que testemunharam sob condição de anonimato.

"As autoridades egípcias devem libertar imediatamente o jornalista Mohamed Mounir e deixar cair esses processos infundados", defendeu o coordenador do programa do CPJ no Médio Oriente e Norte de África, Sherif Mansour, sublinhando que Mounir tem uma saúde frágil.

A família de Mounir confirmou, num comunicado divulgado no Facebook, que o jornalista foi detido na segunda-feira, às 03:00 (02:00 em Lisboa), e acrescenta que foi "levado para um local desconhecido".

Segundo a família, o jornalista foi preso devido a uma participação recente num programa de televisão Al-Jazeera, estação que pertence ao Qatar.

Em junho de 2017, o Egito, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein cortaram relações diplomáticas com o Qatar, acusando o país de apoiar grupos islâmicos radicais, de ser demasiado próximo do Irão e de causar problemas no mundo árabe com a Al-Jazeera, acusações que o Qatar nega.

O canal é considerado pelo Cairo como um meio de comunicação da Irmandade Muçulmana, organização islâmica radical cujos membros exilados, principalmente na Turquia, continuam a criticar o poder autoritário do Presidente Abdel Fattah al-Sissi.

Vários outros jornalistas foram detidos nas últimas semanas, sendo que, desde a chegada de Sissi ao poder, em 2014, o Egito deu início a uma onda de repressão implacável aos jornalistas e ativistas da oposição.

O Egito ocupa o 166.º lugar no 'ranking' da liberdade de imprensa 2020 da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

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