Os dois candidatos à presidência do país apelaram ao voto. MPLA e UNITA disputam a maioria dos 220 lugares da Assembleia Nacional.
João Lourenço e Adalberto da Costa Júnior já votaram nas eleições em Angola. O candidato do MPLA e o da UNITA apelaram ao voto dos angolanos.
Adalberto da Costa Júnior criticou os procedimentos eleitorais, dando o exemplo da sua mesa de voto em que os cadernos de eleitores não foram distribuídos aos fiscais. A votar no bairro 28 de Agosto, em Luanda, um bairro de casas antigas e chão de terra, Adalberto Costa Júnior disse esperar que "os votos sejam todos contados" nas eleições em que a União Nacional para a Independência de Angola (UNITA), o principal partido da oposição, tenta destronar o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder).
"Fiz a minha atualização" do registo eleitoral e "percebi que fui deslocado para outro local", mas "fiquei satisfeito e votei no meio do meu povo e constatei que a votação está a ser feita sem cadernos eleitorais aos fiscais, apenas um caderno eleitoral na mesa", afirmou aos jornalistas Adalberto Costa Júnior, instantes depois de votar na Escola Estrela da Manhã, na zona do Kilamba.
"Ainda assim eu faço um apelo a todos os angolanos: vamos todos ao voto. Hoje é um dia histórico é um dia em que eu espero que todos votem em ambiente de absoluta tranquilidade e no respeito das leis", afirmou Costa Júnior.
O candidato da UNITA disse esperar que seja possível "cumprir com a festa que são as eleições" e que "os votos sejam todos, mas todos respeitados".
O candidato do MPLA votou hoje às 08:00, apelando aos eleitores a que exerçam o seu direito de voto.
"Acabámos de exercer o nosso direito de voto, é rápido e é simples", disse João Lourenço, exibindo o dedo indicador com tinta indelével e convidando os cidadãos eleitores a fazerem o mesmo.
No meio de uma enorme confusão de jornalistas que envolveram João Lourenço para registar o momento, o candidato do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) salientou que todos saem a ganhar: "é a democracia que ganha, é Angola que ganha", declarou.
A assembleia de voto n.º 105 foi pequena para as dezenas de jornalistas, eleitores e observadores internacionais que se acumularam no local e onde estiveram também o presidente da Comisso Nacional Eleitoral (CNE), Manuel Pereira da Silva, o ministro de Estado e da Casa Civil, Adão de Almeida, a governadora de Luanda, Ana Paula Carvalho, entre outras individualidades.
As quintas eleições gerais em Angola perpetuam a disputa entre os dois principais partidos do país, o MPLA (Governo) e a UNITA (oposição), que tentam conquistar a maioria dos 220 lugares da Assembleia Nacional.
João Lourenço, atual Presidente, tenta um segundo mandato e tem como principal adversário Adalberto Costa Júnior.
No total, concorrem oito formações políticas que tentam conquistar o voto dos 14,4 milhões de eleitores. As cerca de 13 mil assembleias de voto no país e diáspora vão estar abertas entre as 07:00 e as 17:00 (mesma hora em Lisboa).
O processo eleitoral, que tem cerca de 1.300 observadores nacionais e internacionais, tem sido criticado pela oposição, considerando-o pouco transparente.
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