Primeiro-ministro japonês considerou declarações "ultrajantes e completamente incompatíveis com as políticas do governo".
O assessor do governo japonês Masayoshi Arai disse, esta sexta-feira em declarações à imprensa local, que não gostaria de viver ao lado de casais de lésbicas, gays, bissexuais ou transgéneros. O primeiro-ministro, Fumio Kishida, considerou os comentários "vergonhosos" e, este sábado, acabou por demiti-lo.
REUTERS/Kyodo
Masayoshi Arai, segundo aReuters, estava ligado ao ministério da economia e do comércio, mas acabou por ficar menos de quatro meses no governo (tinha tomado pose em outubro). Isto, depois de ter também afirmado que era "incapaz" de olhar para casais do mesmo sexo e que os japoneses abandonariam o país caso o casamento homossexual fosse permitido.
O primeiro-ministro japonês, em declarações àNHK, considerou que este tipo de comentários são "ultrajantes e completamente incompatíveis com as políticas do governo", pelo que não restaria outra opção para além da demissão.
O tema tem sido abertamente discutido no país e, no parlamento, na semana passada o primeiro-ministro chegou mesmo a reconhecer que a legalização do casamento entre casais homossexuais "uma consideração cuidadosa".
Em julho de 2021, um estudo publicado pelaNHK(que tinha uma amostra de 1.508 pessoas) dava conta que 57% dos japoneses apoiavam o reconhecimento legal das uniões entre pessoas do mesmo sexo.
Atualmente no Japão, como os casais homossexuais não se podem casar, também ficam vetados de alguns direitos (maioritariamente ligados à parentalidade ou a heranças). Já em novembro, uma decisão de um tribunal de Tóquio reconheceu que a ilegalidade do casamento violava os direitos humanos.
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