Sábado – Pense por si

Israel pede que cessar-fogo não beneficie aliados do Irão

09 de julho de 2017 às 16:03
As mais lidas

O primeiro-ministro de Israel advertiu "não dever permitir a consolidação de uma presença militar do Irão e seus aliados na Síria"

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, saudou hoje o cessar-fogo na Síria, mas advertiu "não dever permitir a consolidação de uma presença militar do Irão e seus aliados na Síria, em geral, e no sul, em particular".

"Na semana passada tive conversas profundas com o secretário de Estado norte-americano [Rex] Tillerson e o presidente russo, Vladimir Putin, que disseram entender a posição de Israel e ter em conta as nossas exigências", disse Benjamin Netanyahu na reunião semanal do Governo.

O presidente advertiu que Israel mantém "firmemente as linhas vermelhas" que passam por "prevenir o fortalecimento de (a milícia xiita) Hezbollah na Síria, com ênfase na aquisição de armas de precisão."

"Prevenir que Hezbollah - ou forças iranianas - assentem presença terrestre ao longo das nossas fronteiras e impedir o estabelecimento de uma presença militar iraniana na Síria" são as linhas vermelhas, explicou.

Israel e Jordânia manifestaram preocupação com o risco de propagação da violência entre as forças aliadas do Presidente sírio Assad Bacharal, como Irã e Hezbollah, com outras facções em áreas próximas às suas áreas de fronteira.

Na sexta-feira, os Estados Unidos e a Rússia chegaram a um acordo para o cessar-fogo no sudoeste na Síria, depois da reunião entre os líderes dos dois países, Donald Trump e Vladimir Putin, à margem da cimeira das 20 maiores economias mundiais, o G20, que terminou no sábado em Hamburgo, na Alemanha.

Mas hoje, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, helicópteros do exército sírio efectuaram durante a manhã bombardeamentos no sudoeste da Síria, horas antes do cessar-fogo anunciado pela Rússia e Estados Unidos.

Os ataques, que incluíram o lançamento de dois mísseis, aconteceram pouco depois da meia-noite, segundo o Observatório, adiantando que, desde então, reina a calma tanto em Deraa como nas províncias de Al Quneitra e Al Sueida, abrangidas pelo fim das hostilidades.

No último mês, aquelas províncias sírias foram palco de um aumento da violência, especialmente Deraa, cuja capital é considerada o "berço da revolução" desde que começaram, em Março de 2011, os protestos anti governamentais que levaram ao conflito actual.

Aproveitar os feriados

Do Minho ao Algarve, 22 sugestões para gozar os fins-de-semana prolongados de dezembro. E ainda: médicos prescrevem atividades como dança ou jardinagem; de onde vem o dinheiro para as Presidenciais?