Decisão está a desencadear críticas por parte dos palestinianos e de parceiros internacionais, como os EUA
A aprovação por Israel, esta quinta-feira, de um novo colonato na Cisjordânia, o primeiro desde 1991, está a desencadear críticas por parte dos palestinianos e de parceiros internacionais, como os EUA.
O "número dois" da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat, acusou Israel de continuar "a destruir as perspectivas de paz" ao prosseguir com "o roubo de terras e de recursos naturais".
Hanane Achraoui, outro dirigente da OLP, denunciou a persistência israelita na política "de colonialismo, de 'apartheid' (regime de segregação) e de limpeza étnica".
"Netanyahu [Benjamin, primeiro-ministro israelita] é refém dos colonos e coloca a sua sobrevivência política acima dos interesses do Estado de Israel", referiu uma organização não-governamental opositora dos colonatos intitulada "Paz Agora".
Israel aprovou na quinta-feira a construção de um novo colonato na Cisjordânia, o primeiro em 26 anos, ou seja, desde 1991, segundo indicou a organização não-governamental.
Este colonato, baptizado como Geulat Tzion, pretende realojar cerca de 40 famílias do colonato de Amona, que foi demolido em Fevereiro por decisão da justiça israelita. A situação de Amona exerceu uma forte pressão política, mas também de cariz humano.
Na sequência da pressão exercida pelos colonos, Netanyahu rompeu com uma situação com mais de duas décadas e assumiu a promessa, na quinta-feira, de construir um novo colonato para acolher até três centenas de israelitas.
Com esta decisão, Telavive acabou por ignorar os recentes apelos da administração norte-americana, liderada por Donald Trump, para conter a política de colonatos.
Esta sexta-feira, Washington alertou que a expansão "descontrolada" dos colonatos israelitas pode ser um obstáculo à paz, mas sem criticar abertamente a decisão do governo de Telavive. "O presidente Trump, tanto em público como em privado, expressou a sua preocupação sobre os colonatos", indicou uma fonte da Casa Branca, que falou sob condição de anonimato. "Se a existência de colonatos não tem sido um obstáculo para a paz, a expansão descontrolada dos últimos tempos não ajuda à progressão da paz", acrescentou a mesma fonte norte-americana.
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