A médica estagiária de 31 anos estava a dormir numa sala normalmente utilizada para seminários durante a sua pausa num turno de 36 horas.
Milhares de manifestantes tem-se juntado em cidades por toda a Índia para protestar contra a violação e o assassinato de uma jovem médica. O caso expôs mais uma vez a falta de segurança das mulheres num dos países com mais casos de violações.
REUTERS/Francis Mascarenhas
O crime aconteceu na sexta-feira da semana passada. A médica estagiária, de 31 anos, foi violada dentro do hospital universitário de Calcutá e, posteriormente, assassinada. A profissional estava a dormir numa sala normalmente utilizada para seminários durante a sua pausa num turno de 36 horas, já que todos os espaços para descanso do pessoal médico estavam ocupados, contaram outros médicos do RG Kar Medicall College à Reuters.
A polícia encontrou a vítima a sangrar pelos olhos e pela boca, com ferimentos nas pernas, estômago, tornozelos e mão direita. Mais tarde, as autoridades confirmaram que a médica tinha sido violada e que um voluntário da polícia tinha sido detido por ligações ao crime.
Em forma de protesto muitos hospitais públicos suspenderam todos os serviços, com exceção das urgências. Os médicos exigem mais segurança dentro dos hospitais, pedindo um maior controlo das entradas e saídas com câmaras de videovigilância e maior presença policial.
Muitos médicos juntaram-se aos protestos batizados de "Recupere a Noite". Contestam a falta de segurança para as mulheres no país, especialmente durante os períodos da noite. Estas manifestações estão a ser maioritariamente organizadas através das redes sociais e duram há já uma semana.
Esta quinta-feira, dia 15, celebra-se o 78º Dia da Independência no país e o primeiro-ministro, Narendra Modi, aproveitou o seu discurso para fazer referência ao caso: "Como sociedade, temos de pensar sobre as atrocidades que estão a ser cometidas contra as nossas mães, filhas e irmãs. O país está indignado. Consigo sentir essa indignação".
Os crimes contra as mulheres na Índia aumentaram 4% em 2022, segundo os dados do gabinete de registo nacional de crime divulgados no final do ano passado. Nesse ano, uma média de 86 mulheres por dia denunciaram ter sido violadas.
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