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Homem que matou seis pessoas em Sydney sofria de doença mental

Ana Bela Ferreira
Ana Bela Ferreira 14 de abril de 2024 às 13:21
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Atacante matou à facada pessoas que estavam num centro comercial. Foi identificado como sendo Joel Cauchi, de 40 anos, e a polícia acredita que não tinham motivações ideológicas.

O homem que matou, no sábado, seis pessoas à facada em Sydney tinha sido diagnosticado com problemas mentais e a polícia acredita que o ataque no centro comercial australiano não teve qualquer motivação ideológica. O atacante foi identificado este domingo como sendo Joel Cauchi, de 40 anos, um indivíduo já conhecido da polícia do estado vizinho de Queensland.

AAP Image/Dean Lewins via REUTERS

A família de Cauchi reconheceu o atacante e contactou as autoridades depois de reveladas imagens do ataque. "A família, quando viu as imagens do evento na TV, pensou que poderia ser o seu filho e entrou em contacto com as autoridades", explicou o comissário assistente da polícia de Queensland, Roger Lowe.

A família mostrou-se devastadas pelas ações do filho e expressou as suas condolências às vítimas. "As ações de Joel foram verdadeiramente chocantes e ainda estamos a tentar perceber o que aconteceu. Ele travava uma batalha contra problemas mentais desde que era adolescente", referiu a família em comunicado.

Em relação à agente que acabou por abater Joel Cauchi, a família garantiu que "ela estava apenas a fazer o seu trabalho de proteger os outros, esperemos que ela esteja a lidar bem com a situação".

A polícia indicou ainda que Cauchi viveu como itinerante durante vários anos e já era conhecido das autoridades embora nunca tenha sido preso ou acusado de qualquer crime no seu estado natal, Queensland.

O facto de terem morrido cinco mulheres e um homem no ataque leva a polícia a investigar também se esta ação pretendida atingir mulheres, mais do que homens.

Entre as vítimas conta-se Ashlee Good, a mãe da bebé de nove meses que também está internada em estado grave. A mulher de 38 anos ainda foi transportada para o hospital, mas acabou por não resistir aos ferimentos. Ao canal Nine News, um homem contou como ela tinha sido esfaqueada e chegou perto dele para lhe entregar a filha bebé de forma a protegê-la do ataque.

AAP Image/Supplied by the Good family via REUTERS

A família de Ashlee Good agradeceu as mensagens de apoio e indicou estar "a sentir a terrível perda de Ashlee, uma bela mãe, filha, irmã, companheira, amiga, um ser humano extraordinário e muito mais".

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