O autor confesso da morte de Maëlys de Araújo, a criança luso-descendente desaparecida em Agosto passado no leste de França, foi hospitalizado perto de Lyon na sexta-feira à noite.
A hospitalização do ex-militar de 34 anos terá sido decretada por precaução, sob indicação médica, segundo a estação francesa BFMTV. À AFP, a referida fonte garantiu que "não houve uma tentativa de suicídio".
Nordahl Lelandai, que confessou ter matado a menina e levou as autoridades até ao local onde estava o seu corpo, passou a estar sob vigilância a cada 45 minutos na prisão onde estava detido, precisamente para evitar uma eventual situação de tentativa suicida.
Maëlys desapareceu a 27 de Agosto de 2017, em Pont-de-Beauvoisin, no leste de França. Na quarta-feira, o antigo militar Nordahl Lelandais confessou o crime.
"Até agora, os pais estavam na pior das situações, na ignorância do que tinha acontecido à criança. Esta noite, eles sabem que a filha morreu, que foi morta e há alguns minutos descobrimos os restos [mortais] da criança", indicou o procurador numa conferência de imprensa realizada nesse dia.
Na mesma ocasião, Jean-Yves Coquillard esclareceu que o suspeito decidiu falar com os juízes de instrução após a descoberta de uma mancha de sangue na mala do carro.
"Nordahl Lelandais disse que matou Maëlys involuntariamente e desfez-se do corpo" e "pediu desculpas aos pais de Maëlys, a Maëlys e aos juízes de instrução", declarou o representante, ainda no mesmo dia.
No dia seguinte, os investigadores anunciaram ter encontrado "quase todos" os restos mortais da menor. Por determinar estão ainda as circunstâncias da morte.
Nordahl Lelandais, cujo perfil psicológico continua a confundir os investigadores, é desde 20 de Dezembro o principal suspeito de um outro homicídio, o do cabo Arthur Noyer, ocorrido em Abril de 2017 naquela mesma região, em Chambéry.